Rev. bras. psicoter. 2010; 12(2-3):174-183
Dreyer JR, Picon FA, Falceto OG. Matricídio: uma breve revisao. Rev. bras. psicoter. 2010;12(2-3):174-183
Comunicaçoes Teórico-clínicas
Matricídio: uma breve revisao
Matricide: a brief review
Juliana Richter Dreyer*; Felipe Almeida Picon**; Olga Garcia Falceto***
Resumo
Abstract
INTRODUÇAO
Dentre todos os crimes, o matricídio é talvez o mais impactante e destruidor1. Poder falar e pensar sobre o tema é algo que exige uma abordagem desapegada e nao-passional, devendo o profissional envolvido conseguir superar um grande tabu para poder nao utilizar demasiadamente suas próprias defesas2 já que as mais fortes às quais temos acesso serao usadas para que nao pensemos neste crime abominável3. Matricídio, o ato de matar a mae cometido por um(a) filho(a), é considerado um tabu cultural que historicamente só ocorre em situaçoes isoladas e bizarras4,5. Freud assinalou que, nas comunidades primitivas, o incesto com a mae e o assassinato do pai seriam crimes perseguidos e execrados6. O matricídio é um crime raro entre os homicídios, visto que os impulsos agressivos contra a mae sao sistematicamente contidos pelas defesas psíquicas mais fortes existentes. Aqueles que chegam a matar a própria mae irao sofrer consequências cataclísmicas em sua personalidade1. Nao encontramos na literatura relatos sobre as consequências desse ato nos demais familiares.
Estimulados pelo atendimento de um caso de tentativa de matricídio, os autores procuraram realizar uma revisao sobre o tema.
REVISAO DA LITERATURA
Dada sua baixa prevalência, há dificuldade em serem conduzidos estudos mais extensos, sendo a literatura sobre o assunto pouco ampla, consistindo basicamente de relatos de caso, estudos retrospectivos de séries de casos e revisoes. Há também estudos sobre matricídio onde sao discutidos aspectos psicodinâmicos1,2,3,7,8,9, cognitivo-comportamentais10 e do ponto de vista da teoria sistêmica9,11,12,13,14,15,16,17,18,19.
Um estudo de Green20 reportou que 2% a 4% dos homicídios ocorridos na Inglaterra e no País de Gales entre 1968 e 1978 foram parricídios e, nestes, a taxa de matricídio era aproximadamente o dobro da de parricídio, assim ficando entre 0,7% e 1,3% de todos os homicídios. Esse mesmo estudo também mostrou que os matricídios eram perpetrados por filhos em quatro a oito vezes mais do que filhas. Estudo de Holcomb3 encontrou taxa de matricídio de 1,4% entre os assassinos admitidos a uma penitenciária forense de segurança máxima.
Na França, um estudo de Devaux21 mostrou que 2,8% das prisoes realizadas por homicídios eram de parricidas e que dessas prisoes menos de 1% era de matricidas. Bohanan22 demonstrou que tanto matricídio quanto parricídio eram raros entre os homicídios na Africa e que de 529 homicídios ocorridos em seis tribos, 1,3% eram matricídios. Na Escócia, Gilles23 demonstrou que 1,6% dos homicídios naquele ano eram matricídios. Bluegrass24 mostrou que entre 1967 e 1977 a taxa de matricídio foi de 1,5% na Inglaterra e no País de Gales.
A estimativa mais extrema da taxa de matricídio é de Morris25 que encontrou vinte matricídios entre 245 homicídios naquele ano. As taxas apresentadas sao de admissoes de hospitais forenses ou de penitenciárias. A partir dessas taxas, a estimativa da prevalência de matricídios fica entre 1% e 1,6% de todos os homicídios. Nos EUA, os matricídios contam com 0,7% de todos os homicídios, taxa mais baixa do que referida anteriormente26.
A maioria dos ofensores sao esquizofrênicos e quase que exclusivamente do sexo masculino9,20,26,27,28,29,30,31,32. O perpetrador tende a ser solteiro9,20,31,32, residir com a vítima e ter utilizado métodos dolorosos e com excesso de violência para cometer o crime9,20,31,32. Alguns dados mostram que usualmente o matricida é o filho mais novo ou filho único9. Existem evidências de que a arma mais utilizada em casos de matricídio seja uma faca9,32 ou outros objetos perfuro-cortantes, e que a vítima seja morta em seu quarto9,32 ou cozinha, quando está mais vulnerável. Holcomb3, em seu estudo de casos, encontrou uma taxa mais elevada de matricídios realizados com armas de fogo, chegando a 48% entre esses casos, o que difere de outros estudos.
Um estudo aponta que transtorno mental é mais provável de ser encontrado em assassinatos intrafamiliares do que de estranhos27, contribuindo para a imagem horrenda desse tipo de crime. Alguns estudos que tentam classificar os crimes cometidos por jovens conseguem fazê-lo separando os crimes intrafamiliares dos cometidos a estranhos.
Corder et al.33 avaliaram crimes cometidos por jovens de 13 a 18 anos, subdividindo os crimes em parricídio, assassinato de outro parente e assassinato de um estranho. Encontraram como denominador comum uma história de desorganizaçao familiar. Aqueles envolvidos em parricídios pareceram ser mais isolados e ter menos episódios de agressao e descontrole de impulsos prévios ao parricídio do que os outros grupos.
Cornell et al.34 demonstraram que jovens que cometem homicídios intrafamiliares tendem a apresentar uma história de conflitos interpessoais com a vítima e fazer maior uso de armas. Além disso, concluíram que os jovens que cometiam crimes extrafamiliares apresentavam maior risco para psicopatologia e chance de um contínuo envolvimento em sérios crimes violentos.
Heide35, através da entrevista clínica de 59 jovens homicidas com idades entre 12 e 17 anos, encontrou características próprias naqueles poucos que cometeram parricídio: uma tipologia do ofensor descrita como "a criança situacionalmente presa" (situationally trapped kid), caracterizada por uma história de abuso severo, senso extremo de desespero, uma abordagem à vida em geral passiva e um típico bom prognóstico36.
Bourget31 também encontrou, em um estudo comparativo entre matricídio e parricídio, que o assassinato intrafamiliar de qualquer natureza é usualmente "autolimitado", com um baixo risco de recidiva de violência, necessitando atendimento em serviços psiquiátricos de alto nível31. Além disso, enfatizou a presença de elementos psicóticos na grande maioria dos casos de parricídio.
Campion9, em uma análise de quinze casos de matricídio cometidos por filhos homens, concluiu que o papel da mae em ter provocado sua própria morte nao pôde ser definido pela análise de seus dados.
TEORIAS EXPLICATIVAS
As teorias explicativas encontradas na literatura abordam o matricídio basicamente sob três pontos de vista: cognitivo-comportamental, sistêmico (teoria familiar sistêmica) e psicanalítico.
A teoria de sistemas familiares nao enfatiza os fatores intrapsíquicos e atribui como causa primária do parricídio uma estrutura familiar patológica, abusiva e insuportável11,12,14,16. Em alguns casos, a patologia familiar é tao grave que um dos pais induz consciente ou inconscientemente um dos filhos a matar o outro cônjuge.
Post17 caracterizou essas famílias da seguinte maneira: (a) abuso físico, sexual e emocional extremados, (b) existência de uma "pressao" psicológica crescente, (c) isolamento crescente do adolescente até o ponto de ele nao considerar outras saídas que nao a da violência, (d) um estilo de resoluçao de problemas baseado em conflitos e na lógica de vitórias/derrotas, (e) existência de armas em casa, (f) excessiva pressao por agradar ou "salvar" um dos pais e (g) negaçao familiar da sua situaçao desesperadora.
Esse ponto de vista, na opiniao de Tanay15 e Mones19, explica aqueles casos nos quais fica mais evidente a situaçao extrema e persistente de abuso pela qual passam os adolescentes ou crianças que acabam cometendo parricídio. Porém, esses mesmos autores, colocam que outros casos sao devidos à existência de algum transtorno mental e nao seriam considerados matricídios reativos como os descritos acima.
Mones19 descreve que esses casos apresentam sinais de planejamento e de grande brutalidade e que há sempre história de uma mae fisicamente abusadora e excessivamente dominadora que estabelece um relacionamento marcado por provocaçao sexual que deixa o filho paralisado, envergonhado e humilhado. Leyton18 estudou o familicídio (aniquilaçao de toda a família) também utilizando a teoria de sistemas familiares. Segundo esse autor, o familicídio ocorreria porque o esforço da criança para se independizar seria interrompido pelos pais, já que essas famílias, em busca de um melhor "status" social, restringem severamente a vida da criança deixando-a sem autonomia ou identidade nenhuma. O autor também acrescenta a esse comportamento parental uma desestrutura e conflitos familiares e uma atmosfera de violência intrafamiliar.
Duncan13 também descreve um estudo de relatos de caso de cinco adolescentes homicidas e coloca os homicídios como uma forma de defesa contra maus-tratos e abusos crônicos. Newhill5 explica a natureza do parricídio como uma tentativa de se libertar de uma mae dominadora. Já entrando mais no ponto de vista psicanalítico, cabe salientar que este receio de estar "preso" à mae pode ter evoluído dentro de uma fixaçao em um apego infantil à mae numa falha da presença paterna1.
Ellis10 foi o primeiro autor a conceitualizar o matricídio do ponto de vista cognitivo-comportamental. Segundo sua visao, os matricidas (a) tendem a ser mais paranoides, achando que suas maes estao sempre contra eles, (b) sofreram injustiças infligidas por suas maes, (c) beneficiam-se financeiramente com sua morte, (d) estao tao bêbados ou "dementes" que nem sabem o que estao fazendo. O autor argumenta que os matricidas nao sabem o que fazer com suas situaçoes de vida e nao as suportam mais e que por isso cometem o matricídio. Também argumenta que, ao invés do complexo de Édipo, um dos motivos seria o esforço em superar sentimentos de inadequaçao e desvalia. Diz, ainda, que o principal fator psicológico causal seria uma alteraçao do processo do pensamento, estando esse irracional e até psicótico.
Do ponto de vista psicanalítico, Freud6 descreve que as açoes criminosas poderiam ser praticadas principalmente por serem proibidas e por sua execuçao acarretar, para seu autor, um alívio mental. Este sofreria de um opressivo sentimento de culpa, cuja origem nao conhecia e, após praticar uma açao má, essa opressao se atenuava. Seu sentimento de culpa estava pelo menos ligado a algo. Esse obscuro sentimento de culpa provinha do complexo de Édipo e constituía uma reaçao às duas grandes intençoes criminosas de matar o pai e de ter relaçoes sexuais com a mae. Freud enfatiza que o parricídio e o incesto com a mae sao os dois grandes crimes humanos, os únicos que, como tais, sao perseguidos e execrados nas comunidades primitivas6.
Laplanche37, em "Teoria da seduçao generalizada e outros ensaios", acrescenta às colocaçoes de Freud sobre a criminalidade que o crime é consubstancial ao ser humano, o crime número um sendo evidentemente o de Édipo, isto é, a morte do pai; crime impossível de evitar, pois ocorre, na criança como no inconsciente, uma identidade absoluta entre o pensamento e o ato.
Em "Tendências criminosas em crianças normais" de 1927, Melanie Klein38 coloca que toda a formaçao do caráter também deriva do desenvolvimento do complexo de Édipo, e que todas as dificuldades de caráter, desde as ligeiramente neuróticas até as criminosas, sao determinadas por ele. A fantasia de entrar no quarto e matar o pai está presente na análise de todo menino, mesmo no caso de uma criança normal. Inicialmente, entao, a psi canálise se detinha no complexo de Édipo para explicar as causas da agressividade e assim o fez também para explicar o parricídio e mesmo o matricídio, sendo o ódio à mae proveniente deste.
Tirando o foco do complexo de Édipo, em que a hostilidade contra a mae seria um derivado deste, Wertham39 postulou que os sentimentos matricidas seriam pré-edípicos. Fala que um apego materno excessivo, carregado de ambivalência, em homens vulneráveis, pode ser transformado diretamente em hostilidade violenta contra ela e designou isso complexo de Orestes. Wertham descreveu o complexo de Orestes como sendo constituído das seguintes características: (a) excessivo apego à imagem materna, (b) hostilidade em relaçao à imagem materna, (c) um ódio generalizado às mulheres, (d) indicaçoes de potencialidades homossexuais, (e) pensamentos suicidas e (f) uma apresentaçao emocional baseada em profundos sentimentos de culpa.
Essa conceitualizaçao psicanalítica foi descrita utilizando-se da Trilogia Grega Oréstia, de Ésquilo, por Wertham em 1941. Formada por três tragédias (Agamemnon, Coéforas e Eumínides), Oréstia40 relata a trajetória dos descendentes de Atreu, amaldiçoados por este ter cometido crime contra seu próprio sangue. Na primeira parte, Agamemnon, rei de Micenas, ao retornar para a Grécia após a Guerra de Troia é assassinado por sua esposa Clitemnistra e seu amante Egisto, como forma de vingança pela morte de sua filha Efigênia, que havia sido entregue aos Deuses em sacrifício pelo pai. Em Coéforas, Orestes, que vivia na Fócida escondido, instruído pelo Oráculo de Delfos, retorna para vingar a morte de seu pai, assassinando sua mae. Mesmo tendo havido determinaçao dos deuses para este ato, Orestes passa a ser atormentado pelas Erínias, forças primitivas da natureza antropomorfizadas que tinham a missao de castigar eternamente aqueles que cometiam crimes, especialmente o matricídio. Para os antigos, este era, entre todos, o mais aviltante dos crimes, uma vez que derramar sangue materno violaria o direito sagrado da mae-terra. Os laços entre uma mae e seu filho eram os únicos considerados sagrados. A peça final, Eumênides, relata o julgamento de Orestes que, estando empatado três votos contra três, recebe absolviçao de Atena (ou Minerva para os Romanos), a deusa da sabedoria, inteligência e da guerra-justa. As Iríades passam entao, a serem chamadas de Eumênides, significando (bondosas), e a maldiçao sobre a família se encerra40.
Por mais que a ênfase do complexo de Orestes esteja no apego préedípico excessivo à mae, também é possível que o complexo de Édipo contribua para a culpa, o que acabaria por intensificar a crise catatímica descrita por Wertham41. Esse autor descreve essa crise como sendo o momento em que o filho brutalmente mata sua mae. Toda a descriçao de Wertham se baseou no caso de um adolescente de 16 anos que era sexualmente imaturo e homossexualmente orientado e que se encontrava preso em um relacionamento dependente com sua mae. Descreve, ainda, que o pouco interesse heterossexual em casos como esse é por mulheres bem mais velhas, e que seu processo de pensamento tende a ser delirante, rígido e ilógico. Ele acrescenta também que, após o evento, o filho sente um período de calma e alívio de toda uma pressao emocional que veio crescendo internamente de forma gradual.
Lindner1 propoe que o matricídio pode ser frequentemente encontrado em seus equivalentes. A mae é usualmente vista como alguém sagrado, um ser elevado que deve sempre ser defendido e protegido. Palavras que denigram sua imagem sao as mais violentas utilizadas em nosso vocabulário. Tao forte como o amor por ela é também o medo que ela inspira e a hostilidade que evoca. Tais sentimentos sao tao carregados de culpa que, para protegê-la de sua expressao, existe uma gama de formaçoes reativas e outras defesas psíquicas.
Podemos encontrar equivalentes matricidas em assassinatos, em que se mata alguém buscando inconscientemente matar a mae. Interessante ressaltar que nao se encontram relatos de psicopatas que matam a própria mae; estes costumam matar a mae, o pai e os filhos dos outros, possivelmente muitas vezes desejando matar sua mae. Estes crimes, quando além do homicídio incluem fortes aspectos sexuais, podem estar muito relacionados ao fato de que o matricídio, mesmo que deslocado, também implica em forte desejo sexual pela mae. Matá-la seria também uma forma de possuí- la8 ou uma negaçao de proporçoes psicóticas.
Smith7, em uma análise de adolescentes que cometem homicídio, concluiu que eles guardavam semelhanças no que diz respeito a apresentarem uma estrutura de caráter relacionada à privaçao oral precoce, com consequentes vínculos frágeis e ambivalentes que poderiam produzir erupçoes emocionais destrutivas esporádicas. Esta ambivalência infantil para com a mae permanece inalterada, e as fronteiras entre o ego e os objetos nunca se estabelecem completamente, sendo que qualquer violência pode ser vista tanto como auto quanto heterodestruiçao. Daí a proximidade entre homicídio e suicídio. Fala ainda no deslocamento da agressao para com os objetos primários para outras pessoas, sendo um símbolo dos pais que era assassinado em homicídios extrafamiliares.
O suicídio também pode ser considerado um equivalente matricida, sendo que nesta situaçao se previne o assassinato concreto da mae, matando- se inconscientemente a mae introjetada, que pode estar carregada de características castradoras, perseguidoras e sedutoras. De uma forma que poderia se dizer mais leve, encontramos as atuaçoes com autopuniçoes e destruiçoes com forma de atacar e destruir aspectos maternos introjetados. Poder-se-iam incluir aqui pacientes que realizam inúmeras cirurgias sem real necessidade ou automutilaçoes. Ainda em um plano inconsciente e mais benigno, podemos citar os sonhos como uma forma de expressao dos desejos matricidas1. Nesse caso, eles aparecem de forma mascarada e sao muito difíceis de interpretar, impondo grande resistência ao processo psicanalítico. Muitas vezes podem passar despercebidos pelos analistas se seus próprios desejos matricidas nao tiverem sido analisados.
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* Especialista em psiquiatria e psiquiatria da infância e adolescência. Pesquisadora do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do HCPA.
** Especialista em psiquiatria e psiquiatria da infância e adolescência. Mestrando em Psiquiatria pela UFRGS e Pesquisador do Ambulatório de TDAH em Adultos do HCPA.
*** Doutora em Medicina - Psiquiatra da Infância e Adolescência. Professora do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS/HCPA.
Endereço para correspondência:
Juliana Richter Dreyer
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Fone: (51) 3321-4157 Fax: (51) 3343-4055 End.
Eletrônico: judreyer@gmail.com
Recebido em: 01/04/2011
Aceito em: 15/04/2011
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