ISSN 1516-8530 Versão Impressa
ISSN 2318-0404 Versão Online

Revista Brasileira de Psicoteratia

Submissão Online Revisar Artigo

Rev. bras. psicoter. 2013; 15(3):83-90



Artigos Especiais

Tempo, memória e ressignificaçao*

Time, memory and re-signification*

Zelig Libermann

Resumo

Em psicanálise, a noçao de que o tempo nao é um a priori do ser humano, mas algo a ser construído, tem origem na obra de Freud. A representaçao do tempo está ligada ao sistema percepçao-consciência, mas nao se aplica ao sistema inconsciente: a teoria sobre o aparelho psíquico comporta uma temporalidade heterogênea, descrita por Green como tempo fragmentado. A diferença do que se poderia considerar em um primeiro momento, isto é, que nosso "baú" da memória se formaria apenas pela "deposiçao" de acontecimentos que seriam registrados subsequentemente e conforme cada época da vida, Freud propôs que um mesmo registro pode sofrer diferentes transcriçoes à medida que as lógicas do desenvolvimento se sucedem. Em outras palavras, a capacidade de ressignificaçao possibilita ao ser humano libertar-se do destino exclusivo da repetiçao. Esse modelo se aproxima de um conceito dialético de causalidade e de uma temporalidade em espiral, na qual futuro e passado condicionam e significam um ao outro na estruturaçao do presente. Essa concepçao transformadora do aparelho psíquico é o que sustenta a possibilidade da açao específica da prática baseada na teoria psicanalítica: se nao existisse essa retroatividade, nao seria possível modificar nossa história e, dessa forma, o tratamento nao teria futuro.

Descritores: Tempo fragmentado; Memória; Ressignificaçao; Lembranças encobridoras.

Abstract

In psychoanalysis, the notion that time is not a priori in men's minds but something to be constructed, originates in Freud's work. The representation of time is connected to the perception-consciousness system, but does not apply to the unconscious system: the theory on the psychic apparatus encompasses a heterogeneous temporality, described by Green as fragmented time. Different from what we might think at first sight, that our "memory-trunk" is formed only from the "deposition" of facts that would be registered in sequence and in a different manner for each timeframe in life, Freud proposed that one same registry may suffer transcriptions as the logics of development succeed one another. In other words, the capacity of re-signifying allows us to free ourselves from the exclusive fate of repetition. This model approaches the dialectic concept of causality and of a temporality in a spiral, in which future and past shape and signify one another in structuring the present. The transforming conception of the psychic apparatus is what gives support to the possibility of the specific action of the practice based on psychoanalytic theory: if this feedback did not exist, it would not be possible to modify our story; therefore the treatment would have no future.

Keywords: Fragmented time; Memory; Re-signification; Screen memories.

 

 

TEMPO E TEMPORALIDADE

Nas diversas teorias psicanalíticas sobre o desenvolvimento psíquico encontramos descriçoes sobre a continuidade e a tendência inata ao crescimento pessoal. A medida que o sujeito alcança autonomia e cria uma identidade, percebe-se como um ser individualizado com uma subjetividade própria.

Nesse processo de desenvolvimento, a noçao de tempo, fruto da evoluçao acima referida, constituise (junto com a noçao de espaço) em um importante elemento na formaçao da subjetividade.

O tempo, segundo Jacques André1,

"(...) nao é um dado imediato da subjetividade. A temporalidade, as temporalidades têm uma gênese psíquica mais ou menos cumprida, mais ou menos bem-sucedida, muitas vezes fracassada, esboçada, às vezes até mesmo nao constituída. A inscriçao psíquica no tempo, a temporalizaçao, nao é um dado, é quando muito um resultado"1 (p. 56).
Em psicanálise, a noçao de que o tempo nao é um a priori do ser humano, mas algo a ser construído, tem origem na obra de Freud. Para ele, a representaçao do tempo está ligada ao sistema percepçaoconsciência, mas nao se aplica ao sistema inconsciente: "Isto significa que [os conteúdos inconscientes] nao se ordenaram temporalmente, que o tempo nao os altera em nada, que nao há representaçao de tempo para eles"2 (p. 28).

A formulaçao sobre um espaço psíquico com conteúdos que nao sofrem a açao do tempo transformou a questao temporal. A linearidade passado/presente/futuro deixou de ser o indicador único do funcionamento da mente. O tempo dos relógios e dos calendários é próprio da consciência. O inconsciente funciona de outro modo. Podemos dizer que, a partir da noçao de consciente e inconsciente, a teoria sobre o aparelho psíquico comporta uma temporalidade heterogênea: na expressao de Green, é o tempo fragmentado3.

A noçao de atemporalidade, inerente ao funcionamento próprio do inconsciente, revolucionou a concepçao de temporalidade, uma vez que, no inconsciente, o trânsito psíquico entre diversas épocas transforma a flecha do tempo nao só pela possibilidade de inversao do sentido como pela circularidade, que permite que vários tempos convivam ao mesmo tempo.

Como descreve André Green4,
(...) no capítulo Psicoterapia da histeria, que Freud escreveu [em Estudos sobre histeria], ele nos mostra um modelo muito preciso, e ele vê a mente constituída de camadas concêntricas de memória (...) e caminhos radiais que atravessam essas camadas e estabelecem ligaçoes entre elementos pertencentes a diferentes camadas4 (p.1030).
Ao de atemporalidade do inconsciente, Freud acrescentou outros conceitos relacionados a essa transformaçao: fantasias primordiais, pulsao, compulsao à repetiçao, repressao e a amnésia infantil decorrente, fixaçao, regressao, sonho, entre outros, sao elementos do psiquismo que condicionam a simultaneidade dos tempos.


MEMORIA E RESSIGNIFICAÇAO

Os relatos lineares, cronológicos, de todos os seres humanos buscam dar conta da necessidade de uma história lógica, coerente e condizente com a tendência sintética do ego. No entanto, as histórias pessoais contêm uma mescla de fragmentos de verdade factual com fantasias que constituem o psiquismo humano, temperados pelas transformaçoes do funcionamento do aparelho psíquico ao longo do desenvolvimento e pela repressao, que terá influência no "roteiro escolhido" para contar uma vida.

Em sua Carta 52, enviada ao seu amigo Fliess em dezembro de 1896, Freud apresenta uma teoria nao linear de aparelho psíquico na qual se destaca a tendência à transformaçao das marcas mnêmicas:
[...] Tu sabes que trabalho com a hipótese de que nosso mecanismo psíquico se gerou por uma estratificaçao sucessiva, pois de tempo em tempo o material pré-existente de marcas mnêmicas experimenta uma reordenaçao segundo novos nexos, uma retranscriçao. O essencialmente novo em minha teoria é, entao, a tese de que a memória nao pré-existe de maneira simples, senao múltipla, está registrada em diversas variedades de signos5 (p. 274).
A diferença do que se poderia considerar em um primeiro momento, isto é, que nosso "baú" da memória se formaria apenas pela "deposiçao" de acontecimentos que seriam registrados subsequentemente e conforme cada época da vida, Freud propôs que um mesmo registro pode sofrer diferentes transcriçoes à medida que as lógicas do desenvolvimento se sucedem.

Nessa teoria, o início do psiquismo é marcado pela inscriçao da matéria-prima das sensaçoes (táteis, olfativas, visuais, gustativas e auditivas), nao suscetíveis de consciência e articuladas por uma lógica de simultaneidade. Seria uma memória perceptiva direta, espécie de registro bruto da experiência, pouco transformado, nesse nível, pelo modo de inscriçao em si.

Em um segundo momento, essas mesmas inscriçoes passarao por uma transcriçao, "ordenada por outros nexos, talvez causais"5(p. 275), que lhes dará uma indicaçao conceitual, constituindo as marcas mnêmicas do inconsciente.

Na busca de entendimento desse processo, podemos imaginar a seguinte situaçao: nas primeiras vivências de amamentaçao, a criança experimenta o contato com o seio, o sabor do leite, o calor do corpo e a voz da mae, a temperatura, a luz e os sons do ambiente. Tudo isso constitui inscriçoes da matéria-prima perceptiva. Em dado momento, os registros dessas sensaçoes se entrelaçam, recebem uma marca conceitual, formando uma representaçao a qual poderíamos imaginar como "seio", por exemplo. Segundo Freud, esse estágio nunca chegará a ser consciente.

Assim, a indicaçao conceitual indica que se efetuou certo trabalho psíquico sobre a matéria-prima, um trabalho de representaçao, de reapreensao, que começou a transformar a memória. As memórias perceptivas diretas nao deixam de existir após a formaçao da marca conceitual. Esses diferentes registros nao se excluem; convivem e correspondem a distintas épocas da vida6.

Entao, chegamos à transcriçao representada pela aquisiçao da representaçao-palavra da "coisa" armazenada. Neste registro, a partir de certas regras, os conteúdos podem chegar à consciência, "(...) e por certo que essa consciência/pensar secundária é de efeito posterior na ordem do tempo"5(p. 275).

Somente nesta nova transformaçao, para tornar-se "narrativa", a marca primeira da experiência pode alcançar a consciência e, desse modo, a "dataçao" indispensável para seu registro como recordaçao. Freud diferencia as épocas que precedem à linguagem daquelas que sucedem ao seu surgimento da mesma maneira que distingue as experiências que puderam inscrever-se na linguagem daquelas que se detiveram a suas portas6.

Essa diferenciaçao é importante, pois Freud lembra que existem vivências muito primitivas (em geral, anteriores à aquisiçao da linguagem) que dificilmente chegarao a ser lembradas. Como veremos adiante, os indícios dessas experiências poderao ser buscados em outras manifestaçoes do psiquismo do ser humano que nao a palavra.

Roussillon6, em uma interessante associaçao entre os primórdios da obra de Freud e as teorias da atualidade, considera que as marcas mnêmicas e as formas de rememoraçao ou de revivência estao no cerne do debate da clínica contemporânea.

Enquanto a marca mnêmica é reinvestida de modo ilimitado, ou seja, sem o luto da forma inicial, sua reinvestidura se efetua até a alucinaçao. A experiência tenta ser reencontrada de maneira idêntica, sem transformaçao: a rememoraçao é exata, mas alucinada. Isso é possível no sonho e na alucinaçao.

Já no caso de uma investidura moderada, quando há uma renúncia, a reinvestidura da marca primeira só se produz em uma rememoraçao. Trata-se de uma identidade de pensamento; passa a ser nao mais do que uma forma de recordaçao (e nao de atualizaçao) da experiência anterior. Para Roussillon6, a condiçao para isso é a existência de um luto, o reconhecimento da perda do objeto primário.

Assim, memorizaçao e luto se mostram solidários. O processo de renúncia ao reencontro do objeto das experiências primeiras é que torna possível constituir subjetivamente a história como tal.

Roussillon considera que esse segundo modelo funciona bem nos tratamentos de estados neuróticos, mas tropeça com o fracasso do processo de luto na melancolia, nas organizaçoes narcísicas e limítrofes e também no caso da perversao, que é um quadro intermediário6.

Embora as referências acima se centrem nas transcriçoes do início da formaçao do aparelho psíquico, o conceito de lógicas sucessivas do desenvolvimento segue vigendo para as etapas subsequentes. As mesmas marcas mnêmicas a que nos referimos acima seguem adquirindo novos significados à medida que o indivíduo passa pelas diversas fases de estruturaçao da mente.

Para exemplificar, o objeto interno materno de cada indivíduo nao é unívoco. Podemos considerar que existe a mae das fases oral, anal e fálica; ou a mae das posiçoes esquizo-paranoide e depressiva; a mae edípica; a da adolescência; e, por que nao dizer a mae pós-tratamento!

Essa visao de uma memória nao linear, com tempos que se interpenetram, aparece também no artigo Sobre as lembranças encobridoras. Nele, Freud se refere a recordaçoes de períodos remotos da vida, as quais contrariam o fato comum de que as lembranças aparecem em épocas mais tardias. Além disso, chama a atençao para o fato de que essas rememoraçoes se refiram a acontecimentos triviais, irrelevantes, o que também seria oposto à ideia de que as memórias mais prováveis de se evocar sao aquelas de eventos marcantes do ponto de vista afetivo.

Freud chega à conclusao de que essas memórias triviais de períodos tao precoces da vida representariam impressoes de tempos posteriores e/ou anteriores às quais as primeiras estariam ligadas por elos simbólicos ou semelhantes. Por isso, ele as denominou lembranças encobridoras. Os fatos relevantes nao foram esquecidos e sim omitidos devido a um conflito entre uma corrente que se esforça por lembrar e outra que trabalha no sentido contrário. Como essas forças nao se excluem, o resultado do conflito é uma conciliaçao em funçao da qual emerge outra lembrança de característica trivial, muitas vezes deslocada no tempo, sem os conteúdos importantes, mas com uma ligaçao associativa com a memória original.

Freud ressalta que as lembranças encobridoras nao seriam completas invençoes, mas carregariam um grau de falsificaçao na medida em que transferem um determinado fato para um período ou lugar em que ele nao ocorreu, juntam ou substituem imagens de pessoas, ou aglutinam cenas de tempos diferentes em uma só. Tudo isso com o objetivo de evitar o contato com memórias desagradáveis.

Um exemplo de lembrança encobridora é a citada por algumas pessoas a respeito das noites de infância intensamente perturbadas pelo medo, atribuído ao barulho produzido pelas brigas (sic) de gatos da vizinhança. Sem se negar a possibilidade de constituir um fato em si mesma, a atribuiçao do medo noturno a essa recordaçao trivial ocorre por um elo simbólico (a briga de gatos é, na verdade, uma relaçao sexual) e pode ser considerada como uma memória encobridora produzida para evitar o contato com as lembranças de vivências (fantasiadas e/ou reais) e sensaçoes (eróticas e agressivas) associadas à cena primária.

Se, de um ponto de vista inicial, as lembranças encobridoras poderiam ser merecedoras de pouca fé, para Green, ao contrário, elas representam o poder transformador de um psiquismo que procura instrumentos nao apenas para disfarçar, mas também para significar através do disfarce. "A lembrança encobridora é mais reveladora que uma simples lembrança"7 p. 197-8).

Possivelmente tendo isso em conta, Freud (1899) afirmou que, mais do que com lembranças provenientes da infância, lidamos com lembranças relativas à infância:
"Nos tempos do despertar, as recordaçoes da infância nao afloraram, como se costuma dizer, senao que foram formadas nesse momento; e uma série de motivos, aos quais é alheio o propósito da fidelidade histórico-vivencial, influenciou sobre essa formaçao e sobre a seleçao de recordaçoes"8 (p. 315).
A partir dessas ideias iniciais e da intuiçao da importância da fantasia confrontada com a realidade, Freud formulou um modelo da mente cada vez mais centrado na importância da realidade psíquica; nesse modelo, progressivamente, a relevância da verdade vivencial passou a ser considerada lado a lado com a importância da verdade factual.

A meu ver, essa transformaçao ampliou enormemente as possibilidades dos tratamentos de base psicanalítica, tendo em vista que os indicadores da memória podem ser buscados para além da rememoraçao pura e simples e de sua comunicaçao verbal. Sonhos, fantasias, sintomas, caráter, comportamentos repetitivos, transferência e até mesmo alucinaçoes e delírios apresentam marcas da história vivencial constituídas pelos modos de inscriçao e retranscriçao dos eventos na individualidade de cada sujeito.

A construçao do sujeito psíquico nao ocorre de uma forma linear, em apenas uma direçao do tempo. Para André Green, o sujeito se define pelo conjunto de elementos articulados no processo constituído pela repetiçao que esgota uma tensao:
(...) Nao basta uma única operaçao do aparelho. A circulaçao, o percurso do circuito, exige sua reproduçao para estabilizar o processo. A marca deixada por uma só operaçao solicita sem cessar uma nova passagem por ela, necessária para a constituiçao do sujeito. (...) O sujeito se constitui na repetiçao que marca a passagem renovada por marcas anteriores7 (p. 106).

CONSIDERAÇOES FINAIS

A noçao de que podemos ressignificar nossas memórias impede que a concepçao psicanalítica da história do sujeito se reduza a um determinismo linear que, por considerar somente a açao do passado sobre o presente, decrete que todo o destino do ser humano está decidido desde os primeiros meses de sua vida.

Esse modelo da mente me parece associado à ideia de Laplanche9 de que o ser humano tem uma tendência ao futuro porque possui a capacidade de teorizar e de traduzir a si mesmo. As circunstâncias importantes da vida representam a ocasiao para colocar em xeque a versao presente voltando-se para um passado em busca de uma melhor traduçao do mesmo passado (que englobe mais, que seja menos repressora e que apresente meios renovados). Em outras palavras, a capacidade de ressignificaçao possibilita ao ser humano libertar-se do destino exclusivo da repetiçao.

Para Baranger e Mom10, esse modelo se afasta da noçao de uma causalidade mecânica assente em uma temporalidade linear passado/presente e se aproxima de um conceito dialético de causalidade e de uma temporalidade em espiral, na qual futuro e passado condicionam e significam um ao outro na estruturaçao do presente.

A concepçao transformadora do aparelho psíquico, enfatizando a capacidade de atribuir novos significados às marcas mnêmicas, é o que sustenta a possibilidade da açao específica da prática baseada na teoria psicanalítica: se nao existisse essa retroatividade, nao seria possível modificar nossa história e, dessa forma, o tratamento nao teria futuro.


REFERENCIAS

1. André Jacques (2009). O acontecimento e a temporalidade. O après-coup no tratamento. Trabalho apresentado no 69º Congresso de Psicanálise de Língua Francesa, maio de 2009 (Traduçao para o português de Vanise Dresch).

2. _____ (1917). 23ª Conferencia. Los caminos de la formación de síntoma. In: Sigmund Freud Obras completas. Buenos Aires: Amorrortu, 1976. v. 16, p. 326-343.

3. Green A (2000a). El tiempo fragmentado. Buenos Aires: Amorrortu, 2001.

4. _____ (2008). Freud's Concept of Temporality: Differences with Current Ideas. Int. J.Psycho-Anal., 89:1029-1039.

5. Freud S (1896). Carta 52 - Fragmentos de la correspondência con Fliess In: Sigmund Freud Obras completas. Buenos Aires: Amorrortu, 1976. v. 1, p 274-280.

6. Roussillion R (2006). Historicidad y memória subjetiva. La tercera huella. In: FIORINI, L.G. Tiempo, historia y estructura. Buenos Aires: Lugar Editoral & APA Editorial, 2006, p. 203-221.

7. _____ (2000b). La diacronía en psicoanálisis. Buenos Aires: Amorrortu, 2001.

8. _____ (1899). Sobre los recuerdos encubridores. In: Sigmund Freud Obras completas. Buenos Aires: Amorrortu, 1976. v. 3, p. 297-315.

9. Laplanche J (1989). Temporalidad y traducción - Para um retrabajo de la filosofia del tiempo. In: _____ La prioridad del otro en psicoanálisis. Buenos Aires: Amorrortu, 1996. p. 65-84.

10. Baranger M., Baranger, W., Mom, J.M. (1988). The infantile psychic trauma from us to Freud: Pure trauma, retroactivity and reconstruction. Int. J. Psycho-Anal., 69:113-128.










Psiquiatra e psicanalista. Membro efetivo da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre. Sócio do Centro de Estudos Luis Guedes (CELG). Professor e supervisor do Curso de Especializaçao em Psicoterapia de Orientaçao Analítica do CELG

Instituiçao: Centro de Estudos Luis Guedes (CELG), Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre

Correspondência
Zelig Libermann
Av. Taquara, 110 sala 302 Bairro Petrópolis
90460-210 - Porto Alegre, RS
zliber@terra.com.br

Submetido em 01/12/2013
Devolvido ao autor em 13/01/2014
Retorno do autor em 22/01/2014
Aceito em 23/01/2014

*Este artigo é derivado de apresentaçao no XIX Simpósio Interno de Psicoterapia de Orientaçao Analítica, realizado no dia 9 de novembro de 2013 na sede da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre.

 

artigo anterior voltar ao topo próximo artigo
     
artigo anterior voltar ao topo próximo artigo