Rev. bras. psicoter. 2012; 14(2):30-40
Schestatsky S, Lucion N, Dalzot J. A Especializaçao em Psicoterapia de Orientaçao Analítica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Rev. bras. psicoter. 2012;14(2):30-40
Artigos Originais
A Especializaçao em Psicoterapia de Orientaçao Analítica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Specialization in Psychoanalytic Psychotherapy in the Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Sidnei Schestatsky*; Neusa Lucion**; Jusssara Dalzot***
Resumo
Abstract
As raízes da psicoterapia de orientaçao analítica em Porto Alegre sao longas e profundas. Elas começaram a se instalar em meados da década de 1950, quando uma conjunçao improvável de fatores se reuniu em torno da entao Cátedra de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS. Como primeiro acaso, os poucos professores, na época, eram todos psicanalistas e influenciados por uma formaçao fortemente kleiniana, que entao vigia na vizinha Buenos Aires. Em segundo lugar, a cátedra na qual ensinavam se localizava em uma enfermaria externaa do maior e mais antigo hospital psiquiátrico da regiao Sul, o Hospital Psiquiátrico Sao Pedro. Essa situaçao de psicanalistas trabalhando dentro de um contexto acadêmico e, sobretudo, inseridos em um grande hospital psiquiátrico, jogou-os em interaçao direta com pacientes mais regressivos, psicóticos, ou com graves patologias de caráter, em uma conjuntura semelhante à que se defrontaram a psicanálise e a psiquiatria norte-americanas nas décadas entre 1940 e 1970. O inusitado casamento de ocasiao entre a psicanálise e a psiquiatria clínica, que floresceu por cerca de trinta anos nos Estados Unidos, teve, assim, uma pequena e inesperada contrapartida brasileira, em Porto Alegre.
Ao sair dos consultórios privados e dos seus pacientes neuróticos, como recomendava a boa técnica clássica da psicanálise europeia, criou-se a necessidade premente de adaptar tal técnica aos embates com as psicopatologias mais graves e limitantes dos pacientes hospitalizados. Foi entao que a psicanálise americana criou, simultaneamente, uma aparentemente contraditória psiquiatria psicanalítica (ou psicodinâmica, como ficou conhecida) e um procedimento psicoterápico associado, que aproveitava os conceitos psicanalíticos fundamentais para mesclá-los com práticas diferenciadas de apoio, educaçao e manejo do meio ambiente, ao que deram o nome de psicoterapia psicanalítica ou de orientaçao psicanalítica (para distingui-la da psicanálise padrao)b.
Em 1954, nao havendo residência psiquiátrica no Brasil, um convite insistente de um grupo de jovens alunos recém-formados em medicina e interessados em psicanálise fez com que a Cátedra de Psiquiatria da UFGRS inaugurasse seu primeiro Curso de Especializaçao em Psiquiatria no sul do paísc, com duraçao de três anos e uma forte ênfase na teoria psicanalítica e no atendimento baseado na psicoterapia de orientaçao analítica. Os objetivos mais amplos dessa Especializaçao em Psiquiatria eram, portanto, formar médicos capazes de entender psicodinamicamente seus pacientes psiquiátricos e assisti- los tanto do ponto de vista biológico e social, como nos seus aspectos psicológicos relevantes. Muitos dos alunos que foram sendo formados pelos Cursos se agregaram em torno dele e criaram, em 1960, o Centro de Estudos Luis Guedes (CELG), que se vinculou ao Departamento de Psiquiatria da UFGRS e que passou a organizar, de dois em dois anos, as Jornadas Sulriograndenses de Psiquiatria Dinâmica, atualmente em sua XXVI ediçao. Além das Jornadas, o CELG patrocinou inúmeros simpósios, ciclos de debates, painéis e cursos de atualizaçao, cujos temas predominantes se centravamem torno da prática clínica da psicoterapia de orientaçao analítica e suas variantes, como a psicoterapia dinâmica breve, psicoterapia de grupo, de casais e de famílias.
Uma parte da produçao científica da década de 1980, gerada pelos trabalhos preparados para as atividades acima listadas, acabou sendo reunida e editada na primeira publicaçao brasileira mais abrangente na área da POA, o livro Psicoterapia de Orientaçao Analítica - Teoria e Prática, em 19891. Uma reediçao ampliada, atualizada e incluindo artigos de autores internacionais, ao lado dos nacionais, surgiu em 2005: Psicoterapia de Orientaçao Analítica - Fundamentos Teóricos e Clínicos2. Ambos os volumes, em suas respectivas épocas, acabaram por balizar o ensino da POA no nosso meiod. Antes disso, no entanto, alguns psiquiatras já formados passaram a manifestar desejos de seguir estudando e se atualizando na área da POA, seu principal instrumento de trabalho profissional na prática clínica diária. Assim, o CELG passou a ministrar, a partir de 1984, um Curso de Atualizaçao em POA, com duraçao de um ano e destinado exclusivamente a médicos com prévia especializaçao em psiquiatria. Em 1991, o referido curso transformou-se em Curso de Extensao pela UFRGS, mantendo basicamente o mesmo programa.
Em 1998, o Curso sofreu duas modificaçoes importantes: dobrou sua duraçao para dois anos (1º ano, Conceitos Fundamentais em Psicoterapia; 2º ano, Desenvolvimentos em Psicoterapia) e incluiu psicólogos clínicos entre seus alunos. A partir de 2001, com aprovaçao do MEC, passou a se constituir como Curso de Especializaçao em POA da UFRGS. Como Especializaçao, seus critérios de seleçao ficaram definidos, tendo como requisitos mínimos, para os candidatos, serem psiquiatras formados por instituiçao reconhecidae, ou psicólogos com experiência mínima de dois anos de prática clínica (no período após a graduaçao)f. A fim de se oferecer nivelamento para candidatos com menos experiência ou formaçao psicodinâmica menos consistente, em 2004, foi criado um Curso de Extensao de Introduçao à Psicoterapia de Orientaçao Analítica, de um ano de duraçao e com um programa preparatório ao Curso de Especializaçaog.
A formataçao dos cursos, em seminários, visou facilitar a participaçao de seus alunos, todos profissionais já formados e trabalhando. As atividades de ensino se concentram em apenas uma noite da semana (às 2ªs feiras, das 19 h até 22 h 50 min), incluindo uma primeira parte de supervisao clínica coletiva e uma segunda parte com seminários clínico-teóricos. Em cada semestre ocorre um Colóquio preparado a partir de temas considerados relevantes por alunos e professores. Os alunos devem realizar um mínimo de 30 horas anuais de supervisao clínica de casos que estiverem atendendo em psicoterapia. Os casos sao de pacientes próprios, privados ou nao, ou encaminhados pela nossa clínica de atendimento de psicoterapia por preços baixos. No fim de cada série, os alunos devem apresentar um trabalho de conclusao do período, supervisionados por professores escolhidos. A carga horária totaliza 396 horas nos dois anos do Curso. Tanto os supervisores de casos quanto os orientadores dos trabalhos de conclusao devem, necessariamente, fazer parte do corpo de professores do Curso. O tratamento pessoal, com referencial psicanalítico, dos próprios alunos é fortemente recomendado, mas nao obrigatório.
Finalmente, que tipo de psicoterapia de orientaçao analítica temos tentado ensinar aos nossos alunos desde nossos primeiros cursos de atualizaçao, iniciados em 1984, até atualmente? Tomamos por princípio que a psicanálise e a psicoterapia analiticamente orientada sao aplicaçoes de uma mesma ciência básica, porém com técnicas e alcances distintos. Acreditamos que a supervisao individual, o tratamento pessoal e a adequada formaçao teórica e técnica sao essenciais na formaçao do psicoterapeuta de orientaçao analítica.
No entanto, precisamos reconhecer que muitas coisas mudaram nos últimos 28 anos, se nao nos conceitos psicanalíticos fundamentais, certamente na migraçao de concepçoes antes consideradas secundárias ou periféricas em direçao aos centros do pensamento e da teoria da prática psicanalítica e psicoterápica atuais. O modelo predominante na ênfase transformadora da análise dos conflitos psíquicos neuróticos, pelo método interpretativo gerador de insights afetivo-cognitivos, foi deslocado (às vezes, complementado, outras vezes, substituído) pelos modelos relacionais que explodiram nos últimos trinta anos (interpessoais, intersubjetivos, vinculares, teorias do campo analítico). A clínica atual, na qual predominam as chamadas estruturas nao neuróticas (patologias do vazio, personalidades limítrofes, psicossomáticas, anorexias, etc.), passou a exigir uma abordagem diferente, com novos recursos terapêuticos que nos capacitem a acessar níveis de funcionamento mais primitivos da mente. Esses novos modelos teóricos passaram a ter de preferência um foco mais agudo no déficit ou ausência de desenvolvimento de estruturas mentais impactadas por diferentes adversidades precoces no desenvolvimento da dupla mae-bebê. Dentro dos modelos relacionais/deficitários, as intervençoes básicas passaram a considerar mais o papel modulador, estabilizador e estruturante do próprio setting e da atitude continente e acolhedora da figura real do terapeuta, incluindo, durante grande parte do processo psicoterapêutico, intervençoes nao interpretativas (confrontaçoes, esclarecimentos, explicaçoes) e outras caracteristicamente de apoio (sugestoes, educaçao, ab-reaçoes). Essas e outras modificaçoes têm exigido dos Cursos uma reflexao crítica permanente sobre os conteúdos teóricos ensinados e, principalmente, cuidados na supervisao clínica do material trazido pelos alunos durante sua formaçao. Também exigiu a inclusao de novos autores na bibliografia do Curso, como autores franceses (André Green, Cesar Botella, Joyce MacDougall), americanos (Thomas Ogden, Kernberg), ingleses (Rosenfeld, Caper, Ruth Malcom) e italianos (Antonino Ferro), para citar apenas alguns. Continuamos, na verdade, na busca constante de textos mais atuais que privilegiem os desenvolvimentos da psicoterapia e da psicanálise contemporâneas.
Por outro lado, junto com a aceitaçao da oscilaçao de modelos e paradigmas que passou a caracterizar o pluralismo psicanalítico da atualidade, a POA que pretendemos valorizar para nossos alunos permaneceu assentada sobre uma perspectiva basicamente terapêutica. Levar isso em consideraçao é apenas reconhecer que a POA tem como principal objetivo o de aliviar o sofrimento emocional de quem busca ajuda, independente da discussao de como ela possa alcançar tal fim. Questoes sobre o lugar mais ou menos privilegiado de conceitos como crescimento psíquico, expansao da mente, integraçao de aspectos dissociados, tolerância à dor mental, alteraçao de formaçoes de compromisso, permissao da experiência com um novo objeto, reparaçao de danos do ego, ressignificaçao de narrativas ou reconstruçao de mitos pessoais, entre outras, nao devem perder de vista a finalidade essencialmente terapêutica da Psicoterapia de Orientaçao Analítica.
Portanto, consideramos o paciente como uma pessoa em estado de sofrimento, devido a uma disfunçao mental/emocional interna que está parcial ou totalmente fora de seu controle. Só por isso necessita de ajuda especializada, de alguém que domine certa técnica desenvolvida sobre bases científicas - ainda que enraizadas em inevitáveis valores sociais e culturais. Como se trata de dominar um conjunto de tecnologias que intervêm no estado de saúde/doença das pessoas, propomos que as psicoterapias de orientaçao analítica também tenham indicaçoes e contraindicaçoes que tanto podem facilitar efeitos terapêuticos benéficos quanto desencadear efeitos iatrogênicos adversos. Como qualquer tecnologia destinada a influenciar estados de saúde e doença, só deve ser aplicada a partir de um prévio diagnóstico positivo e diferencial adequado e de hipóteses diagnósticas genético-dinâmicas iniciais suficientes para planejar as intervençoes psicoterápicas, possibilitar previsoes prognósticas e antecipar prováveis padroes transferenciais/ contratransferenciais que poderao vir a ser encenados. Por fim, tentamos transmitir aos nossos alunos que na Psicoterapia de Orientaçao Analítica "nao devemos esquecer que o relacionamento (terapêutico) se baseia no amor à verdade - isto é, no reconhecimento da realidade - e que isto deve excluir qualquer tipo de fraude ou falsidade" 3.
REFERENCIAS
1. Eizirik CL, Aguiar RW, Schestatsky SS (Eds). Psicoterapia de Orientaçao Analítica: Fundamentos Teóricos e Clínicos. Porto Alegre, Artes Médicas, 1989.
2. Eizirik CL, Aguiar RW, Schestatsky SS (Eds). Psicoterapia de Orientaçao Analítica: Fundamentos Teóricos e Clínicos. Porto Alegre, Artes Médicas, 2005.
3. Freud S (1937). Análise terminável e interminável. In: Ediçao Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v.XXIII, p.239-87 (p.282). Rio de Janeiro: Imago, 1975.
* Psiquiatra, Psicanalista, Professor Associado do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal (DPML) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Coordenador do Curso de Especializaçao em Psicoterapia de Orientaçao Analítica (CEPOA) da UFRGS. Porto Alegre, RS, Brasil.
** Psiquiatra, Psicanalista, Coordenadora Executiva do CEPOA. Porto Alegre, RS, Brasil.
***Psiquiatra, Psicanalista, Coordenadora da Comissao do Programa do CEPOA. Porto Alegre, RS, Brasil.
Instituiçao: Centro de Estudos Luís Guedes (CELG), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
Correspondência
Sidnei Schestatsky
Av. Cristiano Fischer, 590/503. CEP 91410-000
Porto Alegre, RS, Brasil
Telefone: 51-9971.1865
a Nao por acaso, essa enfermaria foi denominada "Divisao Melanie Klein," nome que persiste atualmente.
b A distinçao entre Psicoterapia de Orientaçao Analítica (POA) e Psicanálise, que pareceu tao clara a seus idealizadores da época, mostrou-se muito mais imprecisa do que se imaginava: isso ficou evidente à medida que a própria psicanálise passou a também tratar pacientes mais graves e que o pluralismo metodológico invadiu os modelos psicanalíticos ditos clássicos.
c Este Curso de Especializaçao tornou-se um dos mais antigos do Brasil e foi o que teve a existência continuada mais longa de todos eles - 58 anos. A última turma encerrou sua formaçao em dezembro de 2011. O encerramento dos Cursos deveu-se ao fato de ser possível transformar, após o curso estar sediado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, todas as antigas vagas da Especializaçao em bolsas de Residência Psiquiátrica.
d Uma reformulaçao significativa desta obra está planejada para este ano de 2012.
e Residência, Curso de Especializaçao, ou título de Especialista em Psiquiatria pela ABP.
f Certificado da Instituiçao, Declaraçao de Supervisor, ou Curso de Extensao de Introduçao à Psicoterapia de Orientaçao Analítica da UFRGS.
g Programas teóricos de ambos os Cursos (Extensao e Especializaçao) encontram-se como anexos no fim do artigo.
ANEXO 1. PROGRAMA DO CURSO DE INTRODUÇAO A PSICOTERAPIA DE ORIENTAÇAO ANALITICA
Módulo 1 - conceitos psicanalíticos básicos
Seminário 01: Bases teóricas da psiquiatria dinâmica
Seminário 02: Conceitos psicanalíticos freudianos fundamentais
Seminário 03: Conceitos psicanalíticos fundamentais na escola das relaçoes de objeto (1ª parte)
Seminário 04: Conceitos psicanalíticos fundamentais na escola das relaçoes de objeto (2ª parte)
Módulo 2 - fundamentos teóricos da psicoterapia e do funcionamento mental
Seminário 05: O que tratamos em psicoterapia?
Seminário 06: Planejamento da psicoterapia
Seminário 07: A aliança terapêutica e a relaçao real com o terapeuta
Seminário 08: Avaliaçao em psicoterapia
Módulo 3 - fundamentos da açao terapêutica
Seminário 09: Personalidade normal e patológica
Seminário 10: Psicanálise e psicoterapia de orientaçao analítica
Seminário 11: Conceitos-chave da psicoterapia
Seminário 12: Objetivos e açao terapêutica
Módulo 4 - fundamentos técnicos da psicoterapia de orientaçao analítica
Seminário 13: Diálogo psicoterapêutico e os dois triângulos
Seminário 14: Identificando e trabalhando com a transferência
Seminário 15: Identificando e trabalhando com a contratransferência
Seminário 16: Sonhos em psicoterapia
Módulo 5 - introduçao à psicopatologia
Seminário 17: Conflito psíquico
Seminário 18: Conflito psíquico
Seminário 19: Mecanismos de defesa - parte 1
Seminário 20: Mecanismos de defesa - parte 2
Módulo 6 - psiconeuroses
Seminário 21: Transtornos de personalidade obsessivo-compulsivo, esquiva e dependente
Seminário 22: Histeria
Seminário 23: Fobias
Seminário 24: Depressao e mania
Módulo 7 - estudo do caráter 1
Seminário 25: A evoluçao do conceito de caráter e sua formaçao na obra de Freud
Seminário 26: Couraça e resistência de caráter - 1ª parte
Seminário 27: Couraça e resistência de caráter - 2ª parte
Seminário 28: Caráter oral
Módulo 8 - estudo do caráter 2
Seminário 29: Caráter anal
Seminário 30: Caráter genital
Seminário 31: Caráter e psicoterapia: alcance, compreensao e manejo
Seminário 32: Transtornos relacionados a substâncias e da alimentaçao
Módulo 9 - estudo das estruturas narcísicas e perversas
Seminário 33: Transtorno de personalidade narcisista
Seminário 34: Estruturas borderline
Seminário 35: Estruturas perversas
Seminário 36: Estruturas perversas
ANEXO 2. CURSO DE ESPECIALIZAÇAO EM PSICOTERAPIA DE ORIENTAÇAO ANALITICA
1º ANO (186hs/aula) Conceitos Fundamentais em Psicoterapia | 2º ANO (186hs/aula) Desenvolvimentos Psicoterapia |
DISCIPLINAS | DISCIPLINAS |
Supervisao Coletiva 1 | Supervisao Coletiva 2 |
Teoria Psicanalítica 1 | Teoria Psicanalítica 2 |
Técnica Psicoterápica 1 | Técnica Psicoterápica 2 |
Supervisao Individual 1 | Supervisao Individual 2 |
Supervisao de Trabalho de Conclusao 1 | Supervisao de Trabalho de Conclusao 2 |
Colóquio 1 e 2 | Colóquio 3 e 4 |
Trabalho Teórico-prático 1 | Trabalho Teórico-prático 2 |
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