Rev. bras. psicoter. 2022; 24(2):1-2
Bassols AM. Editorial Revista Brasileira de Psicoterapia. Rev. bras. psicoter. 2022;24(2):1-2
Editorial
Editorial Revista Brasileira de Psicoterapia
Ana Margareth Bassols
Caros leitores!
É com muita alegria e satisfação que escrevo este editorial da nossa Revista Brasileira de Psicoterapia (RBP), assumindo a tarefa de Editora da mesma.
Como sabem, a RBP tem como meta divulgar o conhecimento de saúde mental e das diferentes formas de psicoterapia, desde sua produção na clínica bem como na área da pesquisa, estando em atividade continuada desde seu primeiro número em 1999. Revisando os editoriais dos últimos 10 anos, fiquei com a sensação de estar recebendo, dos inúmeros colegas que me antecederam, uma verdadeira joia em pleno crescimento e que merece nosso investimento constante para atingirmos os objetivos propostos lá em 1999: ser aberta, ágil e moderna.
Em primeiro lugar, considero essencial a obtenção da indexação no SciELO ainda um objetivo a ser plenamente alcançado, juntamente com a ampliação do perfil de leitores e um maior número de artigos a serem submetidos. Desde 2011 estamos buscando essa qualificação. Em alguns momentos estivemos mais perto, agora todo o nosso investimento é no sentido de manter sua periodicidade, um dos critérios rigidamente exigidos para tanto. Estamos no caminho, mas dependemos da maior contribuição tanto dos autores e como dos colegas revisores!
O que observei revisando os últimos 10 anos foi uma certa ondulação do número de submissões, com momentos mais produtivos e com a presença de autores internacionais alternando-se com períodos mais difíceis. De qualquer forma, chama a atenção a seriedade e persistência do corpo editorial voltado a manter uma busca incessante pela produção e difusão do conhecimento baseado em evidência, assim como a comunicação com o leitor e com a comunidade científica das áreas que publicam na RBP, grupo composto principalmente por psiquiatras e psicólogos que se dedicam aos diversos tipos de psicoterapia, com diferentes perfis de pacientes. Em 2013, a equipe editorial coordenada pela Dra Marina Gastaud ampliou o escopo das publicações da RBP, além de investir esforços em sua divulgação. Surgiram, então, os primeiros sinais de ampliação do alcance geográfico de acessos à página da Revista, na época aferida pelo programa Google Analitics, que demonstrou um crescimento de 43500 para 65mil visualizações no ano de 2014.
Em termos comparativos, segundo nova avaliação dos últimos 10 anos realizada pelo programa Google Analitics (28/09/2012 a 04/10/2022) atingimos 1.435.776 visualizações de páginas da RBP, com uma curva francamente ascendente, principalmente depois do início da Pandemia SARS COVID.
Estamos em um momento de transição do corpo editorial da Revista, com a troca de duas profissionais que muito se dedicaram e contribuíram para a manutenção dos standards da RBP nos últimos anos. Agradecemos pelas excelentes participações das colegas Dras Jaqueline B Schuch e Joana Narvaez durante os últimos anos. A organização e prontidão de Jaqueline em responder às demandas do dia a dia da Revista até julho/2022, foram excepcionais. A colega Joana continuará conosco até o final de 2022, desempenhando com maestria seu trabalho na editoria da RBP. O colega Dr. Felipe Ornell vai continuar colaborando trazendo seu conhecimento e experiência para o novo grupo. Aproveito a oportunidade para dar as boas-vindas aos novos editores Mestres Anna Carolina Viduani de Andrade e Daniel Arenas, jovens e competentes colegas que muito virão a contribuir com o nosso time.
Neste segundo número de 2022, temos vários artigos interessantes como o que aborda a microscopia da comunicação terapeuta-paciente em um caso de avaliação-intervenção "Observações sobre a identificação projetiva como forma de comunicação em um caso de avaliação-intervenção". Também se incluem artigos que descrevem a realidade dos pacientes que buscam a psicoterapia como o denominado "Quando homens vão à psicoterapia: uma revisão de contextos e demandas" no qual os autores buscam identificar e compreender as necessidades masculinas em relação ao tratamento psicoterápico. Além desses, os leitores poderão tomar contato com a análise do filme "Nerve" através da visão da psicanálise e da cultura, apreender como são as relações de apego em pacientes com TDAH e conhecer as " Características psicodinâmicas de pacientes com tentativa de suicídio".
Por fim, ainda em momento de esbatimento da pandemia, poderemos compreender o seu impacto na qualidade de vida de pessoas residentes no sul do Brasil e os fatores associados com a dificuldade de aderir ao esquema vacinal anti-COVID ainda hoje.
Em suma, um número da revista que mantém a sua proposta de ser abrangente e compartilhar experiências e perspectivas de muitos profissionais e pesquisadores que atuam em diferentes contextos da realidade.
Desejando uma boa leitura!
Editora da Revista Brasileira de Psicoterapia
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