Rev. bras. psicoter. 2022; 24(1):159-173
Batista HHVS, Noronha APP. Escala de Autorregulação Emocional (EARE-AD): Evidências de validade com cuidadores de idosos. Rev. bras. psicoter. 2022;24(1):159-173
Artigo Original
Escala de Autorregulação Emocional (EARE-AD): Evidências de validade com cuidadores de idosos
Emotional Self-Regulation Scale (EARE-AD): Evidence of validity with caregivers of the elderly
Escala de Autorregulación Emocional (EARE-AD): Evidencia de validez con cuidadores de ancianos
Helder Henrique Viana Santos Batistaa; Ana Paula Porto Noronhab
Resumo
Abstract
Resumen
A presente pesquisa visa obter evidências de validade com base na relação com variáveis externas para a Escala de Autorregulação Emocional-Adulto - EARE-AD1 em uma amostra de cuidadores de idosos, dado que as constantes sobrecargas emocionais vivenciadas por cuidadores potencializam o desenvolvimento de sintomas de ansiedade, estresse e depressão2-4. Optou-se por investigar a autorregulação emocional (AE), diante de uma situação de tristeza, em relação à inteligência emocional, compreendida como as informações sobre as emoções e os sentimentos na relação com outras pessoas, e por meio das características sociodemográficas dos participantes como variáveis externas.
A autorregulação emocional (AE) tem sido compreendida como a habilidade de enfrentar com êxito as emoções negativas, e de ter o controle emocional em situações estressantes, como a morte de um ente querido ou a perda de um emprego, e que possam estar implicadas em transtornos de humor, tais como, a depressão5-7. Weiss et al.7 consideraram a AE como um construto multidimensional que inclui: a) a avaliação, a compreensão e a aceitação das emoções; b) o controle dos comportamentos impulsivos e a capacidade de engajamento em comportamentos direcionados ao vivenciar emoções negativas; e c) o uso de estratégias apropriadas para modular a duração e a intensidade das respostas emocionais.
A AE tem implicações importantes na adaptação saudável das pessoas às situações e eventos cotidianos5,8. Déficits de AE estão associados fortemente a comportamentos impulsivos diante da vivência de emoções negativas6,9 e com comportamentos disfuncionais e excessivos, como o uso de álcool, drogas, comportamentos sexuais de risco e outros10. Em baixos níveis, a AE pode indicar menor competência no estabelecimento de relações sociais saudáveis, além de se associar a alterações emocionais e de humor, como a depressão, o estresse pós-traumático, a ansiedade, dependência de substâncias psicoativas e desconforto psicológico5,6,11,12. Ademais, a AE pode explicar uma porcentagem importante de variância dos níveis de bem-estar subjetivo e psicológico12,13 e das forças de caráter14, ser um bom preditor da resiliência15, além de minimizar os efeitos do neuroticismo, por sua vez, fortemente associado às emoções negativas11.
Batista e Noronha16 identificaram, em um levantamento na base de dados da Scielo, os construtos e os instrumentos associados à avaliação de AE no período entre 2008 e 2017. Os resultados apontaram para a inteligência emocional como o construto mais estudado com a AE. A explicação centra-se no fato de que, segundo Salovey et al17 a inteligência emocional como o monitoramento, a regulação e a avaliação de sentimentos e emoções para identificar os níveis do construto, incluindo-a como um fator que identifica a regulação emocional dos respondentes. Nesse sentido, Goleman18 ressaltou que a AE é um componente da inteligência emocional e, em alguns estudos, foram identificadas associações positivas entre os construtos19,20. Dessa forma, a inteligência emocional refere-se à capacidade de identificar, nomear e agir de forma adequada em relação aos próprios sentimentos e em relação aos sentimentos alheios17,18,21. Pessoas com altos níveis de inteligência emocional tendem a ser mais estáveis emocionalmente, mantêm relações interpessoais mais saudáveis e expressam emoções negativas de forma assertiva22,23.
As pesquisas relacionadas à regulação das emoções têm aumentado na última década13,14,24, sobretudo por ser um recurso que pode contribuir com a saúde física e mental das pessoas. Isso é particularmente presente quando são considerados os diversos contextos em que as pessoas estão inseridas, como hospitais, escolas e famílias16,19,25. Há de se considerar, especialmente nos âmbitos familiar e hospitalar, a necessidade de atentarse aos cuidadores de idosos. Esses são pessoas que prestam cuidados de acordo com objetivos estabelecidos por responsáveis de direito ou por instituições especializadas, observando os aspectos sociais e físicos26 .
Os cuidadores formais são profissionais que possuem capacitação técnica para assistir outrem e recebem recompensa financeira para tal. Técnicos e auxiliares de enfermagem, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde podem ser considerados cuidadores formais que trabalham em hospitais ou casas de repouso27,28. Os cuidadores informais, por sua vez, são familiares dos idosos, principalmente cônjuges e filhos, e os cuidados são feitos de forma voluntária, sem recompensa financeira para cuidarem do idoso, além de não terem formação específica para a tarefa27,28. O número de cuidadores tem crescido no Brasil e no mundo devido ao aumento da longevidade e das doenças crônicas e degenerativas de idosos29. Esse aumento pode gerar problemas para o sistema de saúde, uma vez que 40% daqueles com mais de 65 anos necessitam de outras pessoas para realizarem tarefas de higiene, compras e alimentação30, 31.
Os benefícios de cuidar de um idoso, para o cuidador informal, centram-se no fato de poder auxiliá-lo de forma mais afetiva por ser um familiar, sendo que os deslocamentos a hospitais são facilitados e o atendimento fica mais humanizado32. Além disso, cuidadores informais e formais podem encontrar, ao desenvolverem suas atividades, uma possibilidade de desenvolvimento da resiliência, busca por melhores relacionamentos interpessoais e do equilíbrio biopsicossocial, por meio do exercício da fé e da espiritualidade, e encontro de um sentido de vida27,33. Os malefícios referem-se ao estresse, sobrecarga emocional e física vivenciada por cuidadores, impactando na qualidade de vida, no convívio social, na qualidade do sono, no desenvolvimento de sintomatologia depressiva e ansiedade2-4. O ambiente hospitalar e as casas de repouso podem potencializar o desenvolvimento de estresse e sobrecarga emocional em cuidadores formais, uma vez que lidam com grande quantidade de procedimentos invasivos e vivenciam situações-limites (momentos críticos que extrapolam a possibilidade de patologia, envolvem questões morais), com carga horária excessiva e possibilidade de morte dos pacientes28.
Au25, ao testar um modelo de intervenção comportamental por telefone para cuidadores de idosos que portavam algum tipo de demência, com vistas a diminuir os sintomas depressivos dos cuidadores, identificou que o grupo que recebeu o treinamento apresentou diminuição significativa nos níveis de sintomas depressivos. O referido grupo apresentou maior frequência de uso de estratégias de regulação emocional após o treinamento, indicando a importância do desenvolvimento de intervenções focadas no controle das próprias emoções. Horiguchi e Lipp35 e Iavarone et al.36 identificaram que as mulheres cuidadoras tendem a apresentar maiores níveis de sobrecarga, além de adotarem estratégias centradas na emoção e assumirem tarefas que extrapolam seus limites físicos e emocionais. Os cuidadores mais velhos tendem a apresentar maior nível de sobrecarga, posto que com o passar do tempo também tendem a perder a capacidade física e cognitiva, além de ter menos perspectivas de futuro, menor esperança e otimismo36.
Desenvolver estudos referentes à AE em cuidadores de idosos pode auxiliar na identificação de baixos níveis do construto e na escolha dos tratamentos mais adequados6,9, de forma que o cuidador também seja cuidado. Com vistas a avaliar a AE nos mais variados contextos, no cenário internacional foram desenvolvidas algumas medidas, como o Emotion Regulation Profile-Revised9 e o Trait Meta-Mood Scale17. No Brasil, os estudos referentes às medidas que avaliam a AE ainda são incipientes, além de não existir consenso quanto às propriedades psicométricas e aos modelos teóricos que subsidiaram a construção dos instrumentos1, 8, 16, 37, 38. Para exemplificar serão descritas algumas medidas que avaliam a AE no cenário brasileiro e que poderiam ser utilizadas para avaliação em cuidadores de idosos.
Os indicadores psicométricos do Emotional Regulation Questionnaire (ERQ) foram investigados por Batistoni et al.37 em uma amostra de idosos. O ERP avalia duas estratégias de regulação das emoções, quais sejam, reavaliação cognitiva e supressão emocional. Os autores identificaram uma estrutura com dois fatores, sendo Supressão emocional (α= 0,69) e Reavaliação cognitiva (α= 0,75). Gondim et al.38 analisaram as propriedades psicométricas da Emotion Regulation Profile (ERP) em uma amostra de pessoas com idades entre 18 e 51 anos. O instrumento avalia a AE do respondente considerando um cenário pré-estabelecido. Os autores também identificaram uma estrutura de dois fatores, sendo que um dizia respeito ao controle de emoções positivas (α= 0,67) e outro ao controle de emoções negativas (α= 0,73). Noronha et al.1 analisaram as propriedades psicométricas das Escalas de Autorregulação Emocional versões adulto (EARE-AD) e infanto-juvenil (EARE-IJ). Os instrumentos avaliam a AE diante de algum evento que tenha causado tristeza, de forma que o respondente indica os pensamentos, sentimentos e comportamentos que melhor o descrevem. Os autores encontraram uma estrutura com quatro fatores nas duas escalas separadamente, sendo que três apresentaram nomenclaturas e definições semelhantes nas duas versões: estratégias de enfrentamento adequadas (αEARE-AD= 0,98; αEARE-IJ= 0,95), pessimismo (αEARE-AD= 0,88; αEARE-IJ= 0,94) e paralisação (αEARE-AD= 0,92; αEARE-IJ= 0,94). Além disso, foram encontrados o fator externalização da agressividade (α= 0,69) na versão adulta e avaliação da experiência (α= 0,91) na infanto-juvenil.
Em síntese, os instrumentos que avaliam a AE consideram um cenário pré-estabelecido38, foram específicos para idosos37 ou considera algum estado da emoção1. Noronha et al.1 ressaltaram que as Escalas de Autorregulação Emocional (adulto e infanto-juvenil) também podem ser úteis em populações que tenham desenvolvido disforias e transtornos de humor. Nesse sentido, dado o fato de que cuidadores de idosos são expostos a eventos estressantes que podem contribuir com o desenvolvimento de estresse, ansiedade e depressão2-4, identificar os níveis de AE desse grupo se faz necessário. A vantagem da EARE-AD em relação aos demais instrumentos mencionados é o acúmulo de evidências de validade de tipos distintos, por meio de análises com a Teoria Clássica dos Testes e da Teoria de Resposta ao Item, o que traz ao instrumento confiabilidade. Ademais, a EARE-AD avalia as estratégias disfuncionais, permitindo a investigação das dificuldades dos indivíduos.
O objetivo do presente estudo foi buscar evidências de validade baseadas na relação com outras variáveis para a EARE-AD. Para tal, foram investigadas as associações entre a inteligência emocional e a AE de cuidadores de idosos; se as características sociodemográficas dos participantes seriam preditoras e se apresentariam diferenças de médias em relação aos fatores da EARE-AD. Hipotetizou-se que: H1) as associações entre os fatores paralisação, pessimismo e externalização da agressividade (EARE-AD) e os fatores da MIE seriam negativas; já as associações entre o fator estratégias de enfrentamento (EARE-AD) e os fatores da Medidas de Inteligência Emocional (MIE) seriam positivas. Em ambos os casos as magnitudes esperadas são entre fracas e moderadas17,39. H2) a AE apresentaria associações positivas (fator estratégias de enfrentamento) e negativas (fatores paralisação, pessimismo e externalização da agressividade) com a idade36,37. As magnitudes esperadas variariam entre fracas e moderadas. H3) a variável sexo apresentaria diferenças estatisticamente significativas, com as mulheres com maiores médias nos fatores negativos da AE (externalização de agressividade, pessimismo e paralisação)35,36.
No tocante à sustentação das hipóteses formuladas, para a primeira, a relação negativa se justifica, pois o instrumento de avaliação da inteligência emocional identifica as características presentes, enquanto a EARE-AD avalia as estratégias disfuncionais, notadamente nos fatores paralisação, pessimismo e externalização da agressividade. Por sua vez, o fator estratégias de enfrentamento avalia as estratégias funcionais, e, portanto, se relaciona de modo positivo com inteligência emocional. A hipótese 2 trata da magnitude das correlações. A este respeito, convém destacar que a a autorregulação emocional é considerada um componente da inteligência emocional, de modo que não são construtos correlatos, justificando, assim, os coeficientes baixos40,41. Por fim, a hipótese 3 refere-se às médias mais elevadas das mulheres nos fatores negativos da AE, dado que as mulheres tendem a apresentar maiores níveis de sobrecarga emocional e agir de forma a ultrapassar os seus limites físicos e emocionais, o que poderia leva-las a agir de forma agressiva ou ter uma visão negativa em relação ao futuro35,36.
MATERIAL E MÉTODO
Participantes
A amostra de conveniência foi composta por 128 cuidadores de uma cidade do interior do estado de São Paulo, dos quais 66,4% eram cuidadores informais. A faixa etária variou entre 19 e 79 anos (M= 44,67; DP= 14,25), sendo 84,4% dos participantes do sexo feminino. Em relação à escolaridade, a maioria dos participantes possuía o ensino médio completo/superior incompleto (50,00%), superior completo (37,90%), ensino fundamental II completo/ensino médio incompleto (8,01%) e ensino fundamental II completo/ensino fundamental II incompleto (4,03%). Quanto ao estado civil, a maioria dos participantes era casada/união estável (50,00%). Ademais, 30,95% da amostra era solteira, 13,49% divorciada e 5,56% viúva. A maioria dos cuidadores relatou que o idoso não possuía algum tipo de demência (63,12%) e recebia ajuda de outras pessoas para cuidar do idoso (82,26%).
Instrumentos
Questionário sociodemográfico. Desenvolvido com o objetivo de identificar o sexo, a idade, a escolaridade e o estado civil dos participantes. Ainda, com base na literatura existente sobre cuidadores de idosos3,27,28, foi questionado se o idoso era paciente ou familiar do respondente, há quanto tempo prestava cuidados, se o idoso possuía alguma demência e se o respondente contava com ajuda de outras pessoas para cuidar do idoso.
Escala de Autorregulação Emocional-Adulto - EARE-AD1. O instrumento é composto por 34 itens, dispostos em uma escala Likert de 5 pontos (0= nunca a 4= sempre), sendo que quanto maior a pontuação, maior o nível de autorregulação emocional. Os fatores foram denominados Estratégias de enfrentamento adequadas (Fator 1), Externalização de agressividade (Fator 2), Pessimismo (Fator 3) e Paralisação (Fator 4). As pontuações dos fatores 2, 3 e 4 devem ser invertidas. Estratégias de enfrentamento dizem respeito à capacidade do respondente em solucionar problemas, refletir sobre os próprios sentimentos e buscar fazer outras coisas ao vivenciar a tristeza. A Externalização da agressividade refere-se ao controle das ações de irritação, raiva e agressividade em relação ao externo (pessoas, objetos, o mundo), se o respondente responsabiliza o outro pelo que sente. O Pessimismo avalia se o respondente possui uma visão negativa do futuro, com sentimentos de inferioridade ao vivenciar a tristeza. Por fim, encontrar soluções adequadas ao vivenciar emoções negativas ou ficar paralisado, pensando constantemente na situação que gerou tristeza é o que define o fator Paralisação. Exemplos de itens: "Penso em outras coisas" (Estratégias de enfrentamento adequadas) e "Quero bater nos outros" (Externalização de agressividade).
Medidas de Inteligência Emocional - MIE21. Avalia o processamento de informações referentes às emoções e sentimentos vivenciados ou observados no contato do indivíduo com outras pessoas. A MIE possui 59 itens respondidos em uma escala de 4 pontos do tipo Likert (0= nunca a 3= sempre), sendo que maiores pontuações indicam maiores níveis de inteligência emocional. A escala está disposta em cinco fatores: empatia (14 itens, α= 0,87), sociabilidade (13 itens, α= 0,82), autocontrole (10 itens, α= 0,84), automotivação (12 itens, α= 0,82) e autoconsciência (10 itens, α= 0,78). A empatia indica facilidade de identificar os sentimentos, desejos e intenções alheios. Sociabilidade indica a dificuldade de adaptação a novas situações, facilidade de iniciar e preservar as amizades. A capacidade de administrar os próprios sentimentos e desenvolver estratégias para atingir metas são características identificadas pelo fator Autocontrole. Automotivação diz respeito à facilidade de elaborar planos para a própria vida e agir de forma propícia para a concretização das metas. A autoconsciência referese à capacidade de percepção, distinção e nomeação dos sentimentos próprios, de forma que o respondente reconheça e aceite seus estados emocionais. Exemplos de itens: "Reconheço meus sentimentos com grande facilidade" (autoconsciência) e "Identifico com facilidade os sentimentos das pessoas (empatia)".
Procedimentos
O projeto recebeu a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CAEE: 53659716.8.0000.5514). Os participantes responderam aos instrumentos depois de receberem as orientações para o preenchimento dos instrumentos e mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O procedimento de coleta de dados com os cuidadores formais, funcionários de instituições que prestavam cuidados a idosos, foi realizado mediante contato prévio (telefone, e-mail ou pessoalmente) e a aprovação das instituições. Foram consultadas 20 instituições, sendo que sete autorizaram a realização da pesquisa. As coletas foram coletivas ou individuais, conforme disponibilidade dos participantes e da instituição, em salas disponibilizadas. Com os cuidadores informais as coletas foram realizadas por meio de indicações de funcionários das instituições, na casa dos cuidadores, também de forma coletiva ou individual, conforme a quantidade de cuidadores de uma mesma casa. Os participantes responderam ao questionário sociodemográfico, à EARE-AD e à MIE em aproximadamente 40 minutos. Não foram realizadas devolutivas relacionadas aos resultados dos participantes. Não aconteceram desistências durante as aplicações e os participantes tiraram dúvidas quando essas surgissem.
Análise de dados
Para análise dos dados utilizou-se o programa SPSS-25 e o JASP 0,14.1.0. As associações entre os fatores da EARE-AD com a idade e os fatores da MIE foram verificadas pelo teste de correlação de Pearson, de acordo com a classificação de Levin e Fox40: fraca (até 0,30), moderada (entre 0,30 e 0,59), forte (entre 0,60 e 0,99) ou perfeita (1,00). A análise de regressão linear simples (método Enter), foi utilizada para verificar se as características sociodemográficas (variáveis independentes) seriam preditoras dos fatores da EARE-AD (variáveis dependentes). O teste t de Student e a ANOVA (p= 0,05) foram aplicados para identificar diferenças nas pontuações da EARE-AD em relação às características sociodemográficas dos respondentes.
RESULTADOS
No presente estudo foram encontrados bons índices de consistência interna para os fatores da EARE-AD: Estratégias de enfrentamento (α= 0,90; ω= 0,90), Externalização de agressividade (α= 0,76; ω= 0,77), Pessimismo (α= 0,89; ω= 0,89) e Paralisação (α= 0,84; ω= 0,83). Bons índices de consistência interna também foram identificados nos fatores da MIE: empatia (α= 0,92; ω= 0,91), sociabilidade (α= 0,81; ω= 0,81), autocontrole (α= 0,81; ω= 0,80), automotivação (α= 0,89; ω= 0,90) e autoconsciência (α= 0,75; ω= 0,72).
O teste de correlação de Pearson foi utilizado para verificar a associação entre a idade e os fatores da EARE-AD e da MIE. Foram identificadas associações com coeficientes positivos e negativos, e magnitudes variando entre fracas e moderadas (r= 0,19 e 0,46). Os dados estão dispostos na Tabela 1.
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