Rev. bras. psicoter. 2019; 21(2):119-220
XXIX Jornada sul-Riograndense de Psiquiatria Dinâmica - 2018. Rev. bras. psicoter. 2019;21(2):119-220
Resumos
XXIX Jornada sul-Riograndense de Psiquiatria Dinâmica - 2018
TRABALHOS PSICOTERAPIA
Preditores do abandono inicial de tratamento em psicoterapia psicodinâmica
Clarissa Machado Pessota, Luan Paris Feijó, Silvia Pereira da Cruz Benetti
Instituição: Unisinos
Um a cada cinco pacientes abandonam o tratamento psicoterápico sem que os objetivos do tratamento sejam atendidos. Nesse sentido, as pesquisas sobre o abandono psicoterápico contribuem para identificar fatores de risco deste fenômeno, contudo os estudos sobre a interrupção prematura do tratamento, nas sessões iniciais, ainda são restritos. Portanto, objetiva-se identificar os preditores do abandono inicial no processo psicoterapêutico psicanalítico. Trata-se de uma pesquisa transversal e documental que analisou 1272 prontuários de pacientes jovens-adultos de um ambulatório, cuja abordagem é a psicoterapia psicodinâmica de longa duração em Porto Alegre/RS. Os instrumentos utilizados foram a ficha de contato inicial, a avaliação e a alta institucional e o SCL-90-R. Os dados foram analisados por meio da análise de Regressão Logística Binária Multivariada em dois grupos independentes: abandono inicial (desde a primeira sessão até dois meses) e abandono médio (de 3 a 6 meses). Os resultados sugerem como preditoras do abandono inicial, as variáveis sociodemográfica, baixa renda; clínica: ansiedade fóbica; as de tratamento, não ter realizado psicoterapia anteriormente e as razões do término de tratamento, para o tipo de abandono (não compareceu à sessão e não justificou); para o paciente (outros motivos: mudança de cidade, falta de recursos e motivos de saúde) e para os fatores organizacionais; insatisfação. Esses achados apontam para um perfil de risco para o abandono psicoterápico inicial e destaca a atenção às consultas realizadas até o segundo mês para auxiliar na adesão ao tratamento. Por fim, indicam-se novas avaliações, especialmente, focadas nas características do tratamento e na inserção de novas variáveis como a do terapeuta frente ao abandono psicoterápico inicial.
Correspondência
Clarissa Machado Pessota
pessotaclarissa@gmail.com
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