ISSN 1516-8530 Versão Impressa
ISSN 2318-0404 Versão Online

Revista Brasileira de Psicoteratia

Submissão Online Revisar Artigo

Rev. bras. psicoter. 2018; 20(1):61-67



Artigo de Revisao

O modelo cognitivo-comportamental da procrastinaçao acadêmica: uma revisao da literatura

Cognitive-behavioral model of academic procrastination: a review of literature

Amanda Borges Fortesa; Márcio Barbosab

Resumo

Procrastinaçao é um fenômeno comum entre estudantes, sendo, geralmente, prejudicial à vida acadêmica. As pesquisas sobre procrastinaçao sao relativamente recentes, sendo iniciadas na década de 60 e, desde lá, pode-se considerar que há pouco avanço sobre o tema. Atualmente, considera-se a procrastinaçao como problema mais grave da educaçao. O presente estudo buscou descrever as crenças irracionais e distorçoes cognitivas que levam ao comportamento de procrastinar. Para isto, o método utilizado foi uma revisao integrativa de literatura sobre o modelo cognitivo da procrastinaçao. A compreensao deste fenômeno sob a perspectiva cognitivo-comportamental busca dar subsídio para a prática clínica com acadêmicos que apresentam prejuízos devido à procrastinaçao.

Descritores: Terapia Cognitiva; Psicologia Clínica; Psicologia Educacional.

Abstract

Procrastinating is a common behavior among students that causes damages in academic life. Researches about this theme are recently, beginning in the 1960s and since there, there is little advance on the literature. Currently, procrastinating is the worst problem of education. This study sought to describe irrational beliefs and cognitive distortions that result in the procrastination behavior. So, it was an integrative review of literature about the cognitive model of procrastination. Therefore understanding this phenomenon should give subsidy to the clinic practice with academics that present procrastination damages.

Keywords: Cognitive Therapy; Psychology, Clinical; Psychology, Educational.

 

 

INTRODUÇAO

A procrastinaçao refere-se ao atraso desnecessário e contraproducente de uma tarefa ou tomada de decisao que tem por consequência desconforto psicológico e emoçoes negativas1. Procrastinar é um comportamento comum, mas que pode gerar prejuízos na qualidade de vida das pessoas. A maior parte dos estudos sobre procrastinaçao está ligada à vida estudantil, visto que 80% dos estudantes se consideram procrastinadores e, além disso, 50% possuem prejuízos significativos na sua trajetória acadêmica e na sua qualidade de vida em decorrência deste comportamento2. Ferrari, Johnson e McCown realizaram um estudo com 1.543 estudantes universitários, em que confirmaram que o comportamento procrastinatório é fonte de estresse pessoal e afeta o desempenho acadêmico.3

Visto que a maior parte dos estudos sobre procrastinaçao estao ligados à vida estudantil, vale ressaltar que pouco se sabe sobre os substratos neuroanatômicos da procrastinaçao. O estudo de Hu, Liu, Guo e Feng4 buscou esclarecer esta questao, tendo como objetivo investigar os substratos neurais relacionados à procrastinaçao. Os resultados deste estudo mostraram que a procrastinaçao pode ser prevista de acordo com o volume de matéria cinzenta, do córtex frontal orbital e do giro frontal médio. Estas regioes estao ligadas às funçoes de autocontrole e regulaçao emocional, desempenhando um importante papel no comportamento procrastinatório.4 Relaciona-se, portanto, a procrastinaçao com uma falha auto-regulatória muito comum e que pode ter um impacto negativo no desempenho e no bem-estar5.

Do ponto de vista cognitivo, o comportamento procrastinatório oferece conforto temporário e alívio a curto prazo, portanto, considera-se difícil de modifica-lo1. Em via de regra, é uma estratégia utilizada como alívio das emoçoes desagradáveis que as tarefas lhe trazem6. O medo de falhar é um tema recorrente encontrado nas cogniçoes de estudantes procrastinadores, podendo levar à esquiva da tarefa7. Destaca-se que a percepçao da dificuldade da tarefa pode ser um fator significativo para o aumento dos comportamentos procrastinatórios 8.

É comum que algumas pessoas sintam-se ansiosas frente a situaçoes exigentes e desafiantes que envolvem risco de fracassar7. Pode-se considerar que procrastinaçao nos estudantes, frequentemente, tem como causa o medo de errar e a dificuldade da tarefa 7. Assim sendo, nao raras vezes, alguém que antecipa um fracasso evitará a situaçao ou entao irá se comportar de forma a fornecer uma desculpa para um potencial fracasso9. Indivíduos com grandes receios de fracassar experimentam um alto grau de ansiedade quando um prazo ou uma situaçao de avaliaçao se aproxima e, para reduzir a ansiedade, evitam a tarefa 10. Observa-se que se a ansiedade aumenta, a tendência procrastinatória tende a aumentar também11.

O medo de falhar é um tema recorrente encontrado nas cogniçoes de estudantes procrastinadores, podendo levar à evitaçao da tarefa12. Alguém que antecipa um fracasso evitará a situaçao ou entao irá se comportar de forma a fornecer uma desculpa para um potencial fracasso12. É comum observar que o medo de falhar correlacionado ao perfeccionismo eleva a exigência em relaçao à tarefa e a expectativa de desempenho pode tornar-se utópica. Destaca-se que a percepçao da dificuldade da tarefa também pode ser um fator significativo que contribui para o aumento dos comportamentos procrastinatórios6.

Recentemente, realizou-se um estudo empírico com 604 estudantes de graduaçao com o objetivo de avaliar os motivos que levam à procrastinaçao13. Concluiu-se que há dois fatores que representam tendências à procrastinaçao acadêmica: a desmotivaçao e a ansiedade. Enquanto o primeiro diz respeito à falta de iniciativa, de interesse, cansaço e preguiça, o segundo está relacionado ao excesso de preocupaçao e expectativas altas acerca do próprio desempenho13. Nestes casos, a procrastinaçao pode ser entendida como uma resposta comportamental de evitaçao5. Há possíveis explicaçoes para este comportamento de acordo com a abordagem cognitivo-comportamental.

A PROCRASTINAÇAO ACADEMICA SOB A PERSPECTIVA DA ABORDAGEM COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

As duas últimas décadas foram uma época de muito crescimento e entusiasmo no ramo da TCC. Até o momento, mais de 500 estudos científicos demonstraram a eficácia da TCC para diversos transtornos. Sabese que muitos manuais de tratamento cognitivo-comportamental têm sido escritos, com frequência, para categorias de diagnóstico cada vez mais específicas14. Nao é coincidência o número reduzido de artigos que relatam o efeito da TCC para a procrastinaçao.

A primeira teoria a respeito da procrastinaçao sob a abordagem cognitivo-comportamental foi lançada por Ellis e Knaus e ainda é usada nos dias de hoje9. Para eles, a hipótese principal da causa da procrastinaçao sao os medos irracionais de fracasso e, tendo isto em vista, referem seu estudo a procrastinadores que duvidam de suas habilidades9. O estudo de Rozental5, realizado no ano de 2017 visou investigar os preditores de um resultado positivo para os pacientes que receberam TCC baseada na internet (TCCI) através de um estudo randomizado. Obtiveram-se resultados positivos em relaçao à TCCI, que poderia produzir benefícios em relaçao ao gerenciamento da procrastinaçao até um ano após o término do tratamento.

Tendo esta perspectiva em vista, torna-se válido realizar uma revisao integrativa da literatura que englobem os manuscritos referentes à TCC para procrastinaçao. Sendo assim, o presente estudo tem como principal objetivo descrever as crenças irracionais que levam à procrastinaçao. O medo do fracasso ocupa o primeiro lugar na lista das variáveis que influenciam a evitaçao da tarefa7,8. O indivíduo procrastinador centrase, na maior parte das vezes, na autocrítica e na insegurança em relaçao às suas habilidades, levando-os a evitar a tarefa desafiadora 15.

O modelo cognitivo proposto por Beck16 enfatiza o papel central do pensamento na evocaçao e manutençao de emoçoes e comportamentos. O pressuposto fundamental da Terapia Cognitiva é de que a interpretaçao do indivíduo sobre uma determinada situaçao determina como ele se sente e se comporta, sendo sua resposta emocional mediada pela percepçao da situaçao. Este modelo sugere também que existem vários níveis de avaliaçoes cognitivas, sendo os pensamentos automáticos (PA) o nível mais imediato. Os pensamentos automáticos sao classificados de acordo com distorçoes específicas e sao comuns à experiência de todas as pessoas. Na maior parte do tempo, nao se tem consciência destes pensamentos, porém, com um pouco de treino é possível identificá-los mais facilmente16.

A partir disto, torna-se fundamental psicoeducar o paciente a respeito da importância dos seus pensamentos para que ele consiga avaliar a funcionalidade do mesmo e corrigir as distorçoes cognitivas para modificar estados emocionais16. Primeiramente, psicoeduca-se os pacientes a identificar os pensamentos disfuncionais - que distorcem a realidade, sao emocionalmente angustiantes e interferem na capacidade das pessoas atingirem seus objetivos16. A vulnerabilidade emocional evocada por estes pensamentos resultará dos pressupostos ou regras subjacentes ("Se eu nao tirar A é porque nao sou inteligente") e dos esquemas mentais ("Nao sou boa o suficiente para merecer valor"). Estes esquemas, por sua vez, sao retroalimentados pelo comportamento de procrastinaçao que funciona como uma estratégia compensatória15. Sendo assim, as informaçoes percebidas sao interpretadas através dos pensamentos automáticos que derivam de pressupostos subjacentes. Portanto, a atençao e a memória tornam-se seletivas, levando o paciente a buscar evidências confirmatórias de sua crença16.

A evitaçao da situaçao temida reforça o pensamento disfuncional e isto se torna um ciclo vicioso de pensamentos, emoçoes e comportamentos que intensifica o comportamento procrastinatório e, em decorrência, as crises de ansiedade16. Vale destacar que os procrastinadores, em geral, nao entendem por que procrastinam, se sentem mal por fazê-lo e gostariam de nao procrastinar. Como estratégias de enfrentamento para tentar evitar entrar em contato com suas crenças nucleares e subjacentes, os pacientes podem fazer uso das estratégias compensatórias. A partir disto, pode-se considerar que o comportamento procrastinatório seria uma estratégia compensatória que as pessoas utilizam para lidar com as suas crenças17.

No começo da infância, as crianças desenvolvem determinadas ideias sobre si mesmas, sobre as outras pessoas e sobre o mundo. De acordo com Beck16, as pessoas desenvolvem ideias muito profundas e duradouras que sao chamadas de crenças nucleares - sao vistas pelas pessoas como verdades absolutas. O comportamento procrastinatório, muitas vezes, advém da crença nuclear de fracasso15. A origem familiar que tipicamente desenvolve este esquema é severa, exigente e, muitas vezes, punitiva18. A atençao e a memória tornam-se seletivas, aliando-se às evidências confirmatórias das crenças dos pacientes17. Como exemplo, uma paciente se expoe a tarefas com alto grau de complexidade, confirmando a sua crença de incapacidade. Portanto, estes pacientes têm a tendência de centrar-se nas partes que nao estao boas ou entao se recordando com mais detalhes das críticas negativas sobre a tarefa. Assim sendo, a estratégia de procrastinaçao reforça sua crença de fracasso, visto que confirma a ideia de incapacidade de realizar a tarefa.

Associado a isto está o perfeccionismo irracional, em que os indivíduos sao atormentados pela sua necessidade de perfeiçao, impactando diretamente na sua capacidade de trabalho19. A partir destes elementos, ressalta-se que a procrastinaçao possui, na maioria das vezes, relaçao com um esquema pessoal de fracasso: "crença de que fracassou, de que fracassará ou de que é inadequado em relaçao aos colegas em conquistas. Costuma envolver a crença de que é burro, inepto, sem talento e inferior"18. Ainda de acordo com esta ideia pode-se perceber a relaçao da crença de fracasso com estilos parentais rígidos e controladores, em que nao foi estimulado na criança um desempenho competente extrafamiliar. Estes jovens aparentam ter um nível elevado de ansiedade e um nível reduzido de autoestima, influenciando seu engajamento nas tarefas18.

Esse postulado teórico apoia a premissa básica das abordagens cognitivo-comportamentais de que nossas crenças mediam nossas emoçoes e comportamentos tanto funcionais como disfuncionais. Logo, quando modificamos crenças irracionais e acentuamos crenças racionais, aprendemos estratégias mais adaptativas para enfrentar os eventos estressantes da vida16. A partir destas ideias, o presente artigo tem o objetivo de descrever as crenças irracionais e as distorçoes cognitivas que levam ao comportamento de procrastinar. É possível observar que após ser identificada a crença nuclear que impacta os pensamentos, emoçoes e comportamento, o paciente torna-se capaz de distanciar-se da situaçao e avaliar o que estava sendo prejudicial para concluir seu objetivo15. O reconhecimento destes comportamentos auxiliará o estudante a ter menos prejuízos na sua vida acadêmica, bem como a diminuir o nível de estresse e aumentar sua qualidade de vida.


CONSIDERAÇOES FINAIS

Apesar de estudos sobre o modelo cognitivo da procrastinaçao serem escassos na literatura e em especial no Brasil, os estudos encontrados apresentam um modelo coerente para a compreensao do fenômeno. Além disso, diferentes abordagens cognitivo-comportamentais, como a Terapia Cognitiva de Beck16 e a Terapia Focada em Esquemas de Young18 contribuem para a compreensao e descriçao do fenômeno no que se refere aos seus aspectos cognitivos, emocionais e comportamentais.

O presente estudo teve como objetivo descrever os padroes cognitivos que levam ao comportamento de procrastinar. No entanto, almeja-se que os achados aqui descritos possam subsidiar futuras revisoes que detalhem as intervençoes para o manejo deste comportamento na TCC. A TCC trabalha com metas realistas, identificando um objetivo comportamental (observável, específico e concreto) que seja acessível ao paciente em prol de modificar comportamentos disfuncionais, como os procrastinatórios16. A procrastinaçao é um fenômeno frequente presente na prática clínica devido ao seu potencial prejuízo a nível pessoal acadêmico e profissional.

Acredita-se que a TCC apresente componentes teóricos e técnicos pertinentes para lidar com esta demanda. Atualmente, vale destacar que tem-se produzido artigos ligados à neurociência relacionados à procrastinaçao que reforçam a credibilidade da TCC para este problema. Há possíveis relaçoes que ainda nao foram exploradas em ensaios clínicos, o que representa uma limitaçao do tema e uma sugestao para a realizaçao de estudos posteriores. Futuros estudo podem subsidiar a elaboraçao de programas de prevençao de estratégias educacionais focadas nas reais necessidades dos estudantes. Sugere-se o desenvolvimento de pesquisas que visem avaliar ainda mais especificamente a eficácia da TCC no tratamento da procrastinaçao para a validaçao do modelo teórico proposto, assim como para a identificaçao do arcabouço técnico mais efetivo no tratamento da mesma.


REFERENCIAS

1. Brito FS, Bakos, GS. Procrastinaçao e terapia cognitivo-comportamental: uma revisao integrativa. Rev Br de Ter Cogn, 2013; 9(1): 34-41.

2. Dryden W, Sabelus S. The perceived credibility of two rational emotive behavior therapy rationales for the treatment of academic procrastination. Journal of Rational-Emotive and Cog Behav Ther, 2012; 30: 1-24.

3. Ferrari J, Johnson J, McCown G. Procrastination research: Procrastination and Task Avoidance, 21-46. Springer US, 1995

4. Hu Y, Liu P, Guo, Y, Feng, T. The neural substrates of procrastination: A voxel-based morphometry study. Brain Cogn. 2018; 121: 11-16.

5. Rozental, A, Forsell E, Andreas S, Andersson G. Overcoming procrastination: one-year follow-up and predictors of change in a randomized controlled trial of Internet-based cognitive behavior therapy. Cogn Behav Therapy, 2017; 46(3): 177-195.

6. Tice DM, Baumeister RF. Longitudinal study of procrastionation, performance, stress and health: the costs and benefits of dawdling. Psych Science,1997; 8: 454-458.

7. Maatta S, Nurmi JE, Majava, EM. Young adults' achievement and attributional strategies in the transition from school to work: Antecedents and consequences. European Journal of Personality, 2002; 16: 295-311.

8. Rosário P. et al. Academic procrastination: Associations with personal, school, and family variables. The Spanish Journal of Psychology, 2009; 12, 118-127.

9. Ellis A & Knaus W. Overcoming procrastination. 1st ed. New York: Institute for Rational Living, 1977.

10. Rothblaum ED, Solomon LJ. Academic procrastionation: frequency and cognitive-behavioral correlates. Journal of counseling psychology. 1984; 4: 503-509.

11. Deniz MT & Aydogan D. An Investigation of Academic Procrastination, Locus of Control, and Emotional Intelligence. Educat Sciences: Theory and Pract, 2009, 9(2): 623-632.

12. Somers P. Gênero e outras variáveis que influenciam na procrastinaçao acadêmica. Educ - Porto Alegre, 2008; 31(1), 54-60.

13. Geara GB, Filho NH, Teixeira MA. Construçao da escala de motivos da procrastinaçao acadêmica. Psico. 2017; 48(2): 140-151.

14. Leahy E, Tirch D, Napolitano L. Regulaçao Emocional em Psicoterapia. Sao Paulo (SP): Artmed, 2013.

15. Uzun Ozer B, Demir A, Ferrari, JR. Reducing academic procrastination through a group treatment program: A pilot study. Journal of Rational-Emotive & Cog Behav Therapy. 2013; 31(3): 127-135.

16. Beck JS. Terapia Cognitivo-Comportamental: Teoria e Prática. 2nd ed. Sao Paulo (SP): Artmed, 2013.

17. Knapp P, Beck A. Fundamentos, modelos conceituais, aplicaçoes e pesquisa da terapia cognitiva. Revista Brasileira de Psiquiatria, 2008; 30(1) 54-64.

18. Young J, Klosko JS, & Weishaar ME. Terapia do esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008.

19. Hollender MH . Comprehensive psychiatry, 1965; 6(2): 94-103.










a Graduanda do curso de Psicologia da PUCRS - (Graduanda do curso de Psicologia da PUCRS) - Porto Alegre - RS - Brasil.

b Mestre - (Professor da Escola de Humanidades da PUCRS).

Correspondência
Amanda Borges Fortes
Av. Ipiranga, 6681 - Partenon 90610-970
Porto Alegre - RS - Brasil

Submetido em: 28/08/2017
Aceito em: 20/02/2018

Instituiçao: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Colaboraçoes: revisao da literatura desenvolvido por Amanda Borges Fortes; Orientaçao, consideraçoes finais e revisao elaborado por Márcio Barbosa.

 

artigo anterior voltar ao topo próximo artigo
     
artigo anterior voltar ao topo próximo artigo