Rev. bras. psicoter. 2016; 18(1):107-120
Brum FB. Ecos do silêncio. Rev. bras. psicoter. 2016;18(1):107-120
Artigos de Revisao
Ecos do silêncio
Echoes of silence
Fábio Bisol Brum
Resumo
Abstract
INTRODUÇAO
"O silêncio do fundo dos mares deve ser o mesmo do ventre materno"1
O silêncio é assim a "respiraçao" (o fôlego) da significaçao; um lugar de recuo necessário para que se possa significar, para que o sentido se faça sentido. Reduto do possível, do múltiplo, o silêncio abre espaço para o que nao é "um" (da unidade, sentido fixo), para o que permite o movimento do sujeito8.
Sugiro que normalmente há um núcleo da personalidade que corresponde ao eu verdadeiro da personalidade split; sugiro que este núcleo nunca se comunica com o mundo dos objetos percebidos, e que a pessoa percebe que nao deve nunca se comunicar com, ou ser influenciada pela realidade externa. [...] Embora as pessoas normais se comuniquem e apreciem se comunicar, o outro fato é igualmente verdadeiro, que cada indivíduo é isolado, permanentemente sem se comunicar, permanentemente desconhecido, na realidade nunca encontrado... No centro de cada pessoa há um elemento nao comunicável (p. 170)12.
"No desenvolvimento do lactente, viver se origina e se estabelece a partir de nao viver e existir se torna um acontecimento que substitui o nao viver, assim como a comunicaçao se origina do silêncio" (p. 173)12.
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